Mimimi do tempo

quarta-feira, julho 02, 2014

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Sim, o velho papo do tempo. Ou melhor, da falta dele. Ao menos busco maneiras de aproveitar o pouco que me resta diariamente. Como agora, neste exato momento, deitado na cama prestes a dormir.

Na verdade, este post é um teste para ver se consigo ganhar alguns minutos do dia usando este pequeno mas eficiente aplicativo. Ele, talvez, me possibilite postar de qualquer lugar a qualquer hora.

Quem sabe assim, eu seja mais frequente. 

Caso contrário, será o fim.

Diário Random #0: Festival Órbita

domingo, junho 15, 2014

 

“É preciso ter espírito vagabundo, cheio de curiosidades malsãs e os nervos com um perpétuo desejo incompreensível, é preciso ser aquele que chamamos flâneur e praticar o mais interessante dos esportes – a arte de flanar. É fatigante o exercício?” – João do Rio, em A Alma Encantadora das Ruas.

Série de vídeos sobre momentos sem roteiros e lugares aleatórios.

Número 0: Primeira edição do Festival Órbita na Casa das Caldeiras .

 

+ https://www.facebook.com/pages/%C3%93rbita/731598486890954

Um post e um pôster para “Her”

quinta-feira, maio 22, 2014

Her - Matthew Woodson

 

Ao ver esse fan-pôster produzido pelo artista gráfico Matthew Woodson, veio-me logo a mente a ideia de fazer um texto sobre esta arte, de quão ela é bonita, simbólica, sintetizando a solidão e a surrealidade da imagem, do filme em questão (estamos falando da produção cinematográfica “Her”, de Spike Jonze, na qual Joaquin Phoenix se apaixona por um sistema operacional inteligente, personificado pela locução sensual de Scarlett Johansson).

O problema é que falar de cinema é sempre enfadonho aos meus olhos, apesar de amar o tema. Particularmente, resenhar filmes é sempre uma desvantagem intelectual, já que há tantos outros que melhor refinam e destilam suas interpretações sobre o que é visto na tela.

Por isso, me concentro sempre nos pormenores, nas rebarbas de assuntos que ninguém fala ou que não acrescentam em nada a discussão da obra.

Gosto mesmo é da margem, de ficar ao longe, observando debates e masturbações intelectuais coletivas. Claro que aprendo muito nessas “rinhas de cabeções”, mas prefiro a distância.

Prefiro falar dos sentimentos que a fita provoca em minha mente, assim como detalhes físicos, das coisas que aconteceram quando fui ao cinema. E Her, preferi ver em casa me$mo.

Baixei em uma cópia muito da safada, que mais parecia um efeito blur, semelhante a lentes de óculos que acabaram de ser baforadas com hálito quente (acredito que neste trecho fui redondamente redundante, já que não conheço outro tipo de baforada que não tenha haver com hálito ou boca).

Enfim, dá para comprar esse pôster lindo, de 45cmx60cm, para colocar na sua sala, fotografar com filtro do Instagram, e mostrar para os amigos o quanto você é cool e tem um gosto refinado. Tudo por meros $45,00, no site da Mondo. Bem aqui: http://www.mondotees.com/view_category.asp?cat=12

Aproveite e conheça outros trabalhos do Matthew Woodson:

http://www.ghostco.org/

Ah, e deculpem-me se soei amargo. Minha intenão era ser engraçadinho.

8-D

Um precipício chamado você

segunda-feira, maio 19, 2014

 

 Largo de Santana - Rio Vermelho - Carybé

 

Voltei à Bahia cheio de saudades. Em igual quantidade, dúvidas sobre melhores rumos. É aquele momento de reboot na vida que se despedaça em diversos cacos cortantes de problemas. Um peso de reveses que se acumulam na mente, com ares de quase insolúveis. Matar saudades tem seu lado bom para o sangue e a mente. Mas também há o lado ruim, de reafirmar pequenos contratempos que insistem pairar sobre o local que se ama.

A Primeira imagem da janelinha do avião: o bairro do Rio Vermelho ao longe. Ali estão guardadas  enredos adormecidos que dariam um milhão de histórias e que sempre se interligariam de algum modo. Fantasmas e eventos que insistem sempre no mesmo cenário.

Do alto, identifico cada mísero canto e curva, não só do bairro, mas de toda a soterópolis (gentílico criado a partir da tradução do nome da cidade para o grego, ou seja, "cidade do Salvador", composto de Σωτήρ ("salvador") e πόλις ("cidade"). Vivi muito nessa sinuosidade de ruas e culturas, de ladeiras e becos, de mar aberto e carros estacionados nas calçadas. Salvador, a cidade, apesar de uns retoques sonsos em sua estrutura, continua decrepita. As mesmas pessoas loucas andam em um desvario sem tamanho, seja a pé, ao volante ou dentro dos ônibus coletivos.

São dezenas de motivos para odiá-la. Mas também, tantos outros para beijá-la na face morena. A pele pinicando de calor, com o peito derretendo em suor, o ódio. Os amigos que embalam o coração, o amor incondicional. Mixórdias de sensações esquisitas que me tomam a alma. Precisava olhar no espelho do passado na tentativa de compreender o presente volátil.

Escrevi no Twitter:

twitter-deniac

O medo de ser um forasteiro na própria cidade estava todo o tempo comigo. E é algo comum para quem abandona o seu chão para tentar viver sonhos mais duráveis, para os que querem acender a vida com mais acontecimentos marcantes. Ou simplesmente, ir onde o trabalho e o dinheiro está.

Todo retorno é um exercício de julgamentos diversos. A dualidade aumenta em proporções gigantes. As comparações vão e vem aos olhos indiscriminadamente, é inevitável.  Lá tenho o calor do sol e dos entes queridos. Aqui, o frio do céu e a variedades de trabalhos/diversões. A praticidade e a necessidade responde as questões e cala o pensamento poético sobre viver na terra que te pariu.

O grande Waly Salomão definiu muito bem os conflitos das idas e retornos em seu “Poema Jet-Lagged”, do livro "Algaravias", de 1996:

"Viajar, para que e para onde,
se a gente se torna mais infeliz
quanto retorna? Infeliz
e vazio, situações e lugares
desaparecidos no ralo,
ruas e rios confundidos (...)
Mas ficar, para que e para onde,
se não há remédio, xarope ou elixir,
se o pé não encontra chão onde pousar,
(...)
se viajar é a única forma de ser feliz
e pleno?"

(Aqui, faça uma pausa, vale a pena ouvir a voz louca de Waly declamar o texto ao som de “Vapor Barato”, da Gal, no documentário Jards Macalé - Um morcego na porta principal):

 

 

 

O drama é antigo, não há novidades: saia da casa dos seus pais em uma cidade pequena, mude-se para um grande centro. Se um dia retornar, não se assuste com a sensação de viagem no tempo. E praticamente tudo, estará no mesmo lugar. Não se passaram anos, só apenas alguns segundos. Você sai com pessoas, bebe com elas e, no dia seguinte, quando você vai embora, retornam ao limbo do passado, dos sonhos. São como seres oníricos que tomam vida por 24 horas. Te abraçam forte e dizem: “Se eu não te ver mais, boa sorte na vida e  faça uma boa viagem”.  

Com a mesma proporção de emoções, revi minhas coisas. Explico: deixei minha vida material de acúmulos na casa de minha mãe. Como um santuário, o lugar tornou-se um backup dos meus livros, CDs , revistas em quadrinhos e da infância. Formaram minhas opiniões, meus conflitos, minha base. Como um devoto que paga suas dívidas aos santos,  eu os revi, reli, e os venerei.

Nessas horas, o que realmente muda de verdade? Apenas você, com sua percepção limitada de mundo. E nas chuvas quentes, repletas de ventos que gritam pelas frestas das janelas como gatos brigões, a percepção que o ontem não pode nos aprisionar.
Sempre repito a música preferida que meus ouvidos gostam de ouvir. Em outras palavras, do alto dos meus trinta e poucos anos, talvez possa dar um bom conselho para quem vive o mesmo momento:

Não deixe, oh querido peregrino, que o seu passado invada sua vida.  Não se apaixone por esse corpo voluptuoso de memórias encantadas. Há o pulso, a energia do dia quente de hoje, te chamando para as escolhas infinitas que o agora traz.

O mundo te culpa, mas há sempre uma boa saída. Ou má, quem sabe. Apenas mude de lugar, de posição. O novo não se esgueira nas sombras da mesma rua que você passa desde a tenra infância. É preciso ir, morrer de saudades, para então voltar forte como um bezerro recém chegado ao curral. Pular de alegria pela rotina divina que agracia a vida de quem sabe olhar o encanto microscópio das coisas.

Eu te provoco peregrino, pois sua vida não pode ser um meme, uma cópia de outras histórias. Tornar-se único, verdadeiro, sentindo-se pleno com o que conseguiu até agora, é sua melhor meta. Repita e repita, até o mantra fundir-se nas células do seu corpo: não sou o outro, não vivi as mesmas oportunidades e complicações do outro, e, por isso, é impossível qualquer comparação. Construir e desconstruir a própria história até a exaustão é preciso.

Fazer café sem coador deixa o gosto mais encorpado, dizem. Para esperar o pó sentar no fundo do bule, só é preciso um pouco de paciência. É a vida, e não há quem possa contra suas leis universais. Exerça a sabedoria de esperar a borra baixar e, em seguida, desfrute da melhor bebida de todos os tempos.

Saia. O sol, a chuva, o calor e o frio te esperam no bosque, na cidade, na praia, no asfalto, na lama. A vida te chama para pular no precipício que leva seu nome, para encontrar sua essência, o seu coração, lá no fundo do abismo.

E não, peregrino, não é hora de voltar.

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Imagens: cenas do filme “State Garden”, de Zach Braff.

Exploro

segunda-feira, fevereiro 17, 2014

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Caminho por ruas ainda não marcadas na memória. Abro torneiras com a mão esquerda, apesar de destro. Como a energia do açúcar. Medito sobre o nada. Leio sobre tudo. Faço conexões improváveis para criar algo novo. Crio tempo. Planejo a semana. Projeto um milagre que teima em não acontecer.

Exploro. Me perco. Não encontro.
 
E mesmo assim, não consigo parar.

 

Ilustração: “Explore”, de Jazz Berry Blue

 

+ http://www.jazzberryblue.com/

As tatuagens de Analogic Love

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

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Tatuagem é coisa séria. Precisa ser bem feita e ter um significado (pelo menos neste universo de poucos centímetros quadrados em que orbitam os pensamentos imundos do meu cérebro).

Acredito que esses preceitos sejam necessários por dois motivos: 1) aguentar passar algumas horas sentindo dor na epiderme, 2) para não enjoar da arte que irá ficar marcada pelo resto da vida em seu corpo.

Mesmo assim, há alguns adendos que desmitificam o que acredito, e um deles é o motivo deste post, ou seja, a mão do artista. Gente como Maria Fernanda/Arthur, os “Analogic Love”.

Com traços belos e precisos, nada parece ser desenhado sem ser claramente pensado. Tudo se transforma na mais pura arte na pele, e mesmo sem grandes significados para a vida, qualquer um ostenta o estilo deles com orgulho.

No vídeo produzido pela cerveja Desperados, podemos conhecer melhor o Projeto Analogic, que “une técnicas perfeccionistas de tattoo com a tela em branco que são as paredes”.

 

 

Depois, veja as imagens a seguir que não me deixam mentir:

 

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+ http://instagram.com/analogiclove

     http://www.analogic.com.br/

Tudo é uma questão de libertar o cérebro

segunda-feira, fevereiro 10, 2014

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Abra as portas da prisão mental. Lá estará o que realmente você é e quer, uma característica adormecida na grande maioria da humanidade.
 
Talvez não acredite, mas você e eu, além de sermos descendentes de antiquíssimas estrelas mortas, somos prodígios capazes de realizar sonhos incríveis.
 
Não fazemos por preguiça. E só.
 
Ilustração: “Over and under the sea”, de Andrew Lyons.
 

Kali Uchis: Lana Del Rey do hip-hop

segunda-feira, fevereiro 03, 2014

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Ok. Fui maldoso neste título. Uma injustiça comparar a senhorita Uchis, tão simples e ainda povoando o underground (graças a deus) com a internacional Lana, que até já emplacou algumas canções em novela da Rede Globo. Foi justamente para chamar a sua atenção, caro leitor, que cometi o disparate.

Na verdade, há realmente algo em comum entre as duas moças: Kali também produz seus próprios clipes e canções, só que ainda com menos recursos e muito, mas muito mais groove e personalidade.

Isso fica evidente em seu debut “Drunken Babble”, uma produção caseira, feita em seu próprio computador. São colagens até grosseiras (mas não ruins: vide “Rolling Up”, totalmente chupada de “Save a Prayer, do Duran Duran), de batidas rap com músicas antigas, que ganham um charme especial de sua voz preguiçosa, gostosa de se ouvir, ótima para relaxar, ver o mundo em câmera lenta.

A faixa “Table for Two” é o exemplo destas suas características tão peculiares, que evocam o seu jeito “cool”, tomando vida no clipe da canção.

Caso você dê o play no vídeo abaixo, aviso que irá cair de amores pelo som, pela letra e por dona Uchis, uma garota nascida em Virginia (EUA),  crescida na Colômbia até os 07 anos, e que agora tenta ganhar a América (não tão agora, o álbum é de março de 2013).

Alguém por aí já profetizou: “Stay tuned for something, something in the future with Miss Uchis” (Fique atento para alguma coisa, alguma coisa no futuro com a Miss Uchi).

Vamos ver onde isso vai dar.

p.s: baixe o disco completo gratuitamente. Dona Uchis é generosa e sem frescura: http://www.kaliuchis.com/#!mixtape/c1wc6

+ http://www.kaliuchis.com


Pauso, não nego…

segunda-feira, janeiro 27, 2014

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…mas volto com tudo em uma semana.

As manchas vivas de Borondo

sexta-feira, janeiro 17, 2014

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Não tenho muitas informações sobre Borondo, artista espanhol que esteve por aqui no ano de 2013, participando do Concreto - Festival Internacional de Arte Urbana

Felizmente, o que pode se perceber claramente, são as suas criações, imagens marcadas por uma certa liquidez borrada, como uma mancha de parede que toma vida.

Sobre a ilustração acima, feita em Fortaleza, no Museu de Arte Contemporânea do Ceára, ele comenta a obra.

“Em Fortaleza, é mantida viva uma tradição cultural antiga chamada Maracatu, que refere-se aos escravos africanos que chegaram durante a colonização.

A intervenção foi feito no exterior do centro de cultura “Dragão do Mar", onde o museu está localizado.

Usei algumas características muito simbólicas, típicas dessa tradição, para contar a história da região e do período da colonização do continente”.

 

+ http://borondo.blogspot.com.br/?m=0

The Newsroom: aula de jornalismo para estagiários, focas ou veteranos

segunda-feira, janeiro 13, 2014

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Mariposas tontas apaixonadas, orientadas não pelo brilho da lua, mas pela luz artificial dos postes. Acredito que essa possa ser a metáfora mais próxima para estudantes de jornalismo, seres oriundos do mundo de Morpheus, bobos e sonhadores por natureza.

Falo com ganho de causa, afinal, fui assim. Aliás, sou assim. Mas tenho consciência. Pago, literalmente, muito caro por isso. O peso dessa insistência em certos aspectos da profissão, cai pesadamente sobre os ombros.

Mas, como para quase tudo há uma cura (até mesmo o devaneio em questão), será que existe uma receita que ajuda contra esse doce feitiço que sempre ataca os olhos puros dos infantes?

Sim. Acredito que The Newsroom seja o balde de água fria (no bom sentido) necessário para tirar as remelas secas de quem segue o caminho. Estrelada por Jeff Daniels e escrita Aaron Sorkin (ganhador do Oscar pelo roteiro de “A Rede Social”), os acontecimentos da série se passam nos bastidores de um telejornal americano.

Além de roteiro formidável, The Newsroom é aula de um jornalismo que jamais chegaremos a ver. Uma utopia sensata, um norte, um guia para estudantes ou até mesmo profissionais calejados, para tentarmos nos espelhar no que ali é mostrado.

No enredo, há dois pequenos pontos que, apesar de divergentes, são o cerne da coisa toda: as grandes decisões, com apurações acertadas e, “tchan nam nam nam”, os grandes erros que ali são cometidos.

 

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Ah, esses fabulosos equívocos que nos fazem suar frio, gaguejar até revirar os olhos ou sujar as calças. O salgado gosto de errar no jornalismo e suas dimensões inimagináveis.

Quem viveu um grande engano nesse meio, sabe as consequências drásticas. Dentro desse universo tão amplo, complicado e egóico, em que âncoras e colunistas são deuses de um panteão superior aos dos gregos, um mínimo deslize pode tomar proporções gigantescas.

E na série, isso não é deixado de lado. É o que faz ser tudo tão genial. Mas não ache que sou um pessimista, pois nem tudo são ardores d´alma, meus queridos.

O faro dos personagens para encontrar notícias, lapidá-las e transformar tudo em show, é impressionante. São lições que jamais teremos na escola, que proporciona deleite ao telespectador a cada fim de episódio.

Claro que pode haver exageros de minha parte. É apenas uma opinião rasa de tudo. Em caso de você conferir in loco, e achar que fui errônea em minhas palavras, ao menos perceba que a série pode ser um portal para um nível de pensamento superior. Ou, como bem disse o Matheus Souza, de O Globo, “The Newsroom’ me dá vontade de ser uma pessoa melhor”.

Por isso, meus caros coleguinhas, assistam The Newsroom. Reforcem seus votos de fé nesse grande engodo que chamam de dom, nessa deliciosa arapuca que sabemos que poderemos cair e nos espatifar, mas que, mesmo assim, fechamos os olhos e curtimos numa boa.

Não estou sozinho nesta. Segundo o grande Duda Rangel, há 10 razões para ainda se acreditar no jornalismo. Uma delas é esta: “vejo muitos jovens com um puta tesão de resgatar os bons valores e ideais do jornalismo. Sim, há esperança. Com fé, em pouco tempo o Galvão Bueno se aposenta. Isso também já vai ajudar muito”.

Delírios à parte, por favor, fiquem firmes.

Vamos todos nos esquecer da parte ruim que nos circunda. Vamos todos juntos mergulharmos na desgraça, nos deixar seduzir pelo maldito canto da sereia.

Depois, o pior que pode acontecer é ouvir as vozes de nossas mães ecoando fantasmagoricamente em nossos pensamentos: “Eu te avisei que engenharia seria melhor”.

É isso, assistam The Newsroom.

 

 

+ http://www.episodioscomentados.com.br/search/label/The%20Newsroom

Como escolher um vinho com um fluxograma

quinta-feira, janeiro 09, 2014

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Amplie a imagem com o botão direito em “Abrir link em uma nova guia”.

Acredite, para cada ocasião, há sempre um vinho ideal. A premissa é verdadeira, e foi posta à prova pelo pessoal da Wine Folly.

Eles desenvolveram esse fluxograma detalhado, fácil de usar, que inclui vinhos para celebrações como aniversários ou réveillons, ou mesmo momentos solitários, em que você queira apenas enfiar o pé na jaca.

Ainda prefiro uma outra cartela, também feita por eles, por ser bem mais direta, simples. Mas essa, se bem estudada, pode lhe ajudar a escolher a garrafa certa para fazer o momento perfeito.

Bon appétit, cher!

+ http://winefolly.com/update/how-to-choose-wine/

Neil Gaiman, como Charles Dickens

quarta-feira, janeiro 08, 2014

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Na tarde do dia 14 de dezembro de 2013, o celebrado autor Neil Gaiman caracterizou-se como outro imortal, Charles Dickens, para recitar o conto “A Christmas Carol”.

Ao lado de Molly Oldfield, autora de “The Secret Museum”, a leitura transcorreu por cerca de 86 minutos.

A ação foi promovida pela New York Public Library, que disponibilizou as fotos e o áudio do evento.

Ouça:

           

Não transe com quem não possui livros em casa

terça-feira, janeiro 07, 2014

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Depois desta cacetada do John Waters, o que mais posso dizer?

A leitura é sexy!

Os falsos idolos de Tricky

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O sol está intenso no sudeste. Em períodos assim, tudo combina com alegria, sorrisos, ou temas praieiros. Infelizmente, este não é o espirito que me inspira no momento. Tudo bem que desejei durante um ano inteiro de frio intenso que o calor viesse e aquecesse a vida...

Ele chega, faz seu trabalho direitinho. Mas logo, o paraíso vira inferno. A lua de mel tropical dura apenas uma semana. Depois, resta suor na camisa e pele ardida. E nesta selva, a de pedra, tudo se amplifica.

Os altos e baixos do tempo e do humor são difíceis de entender, mas temos que nos adequar a eles. Por isso, em meio a minha epifania rabugenta, declaro que o som do verão de 2014 (apesar deste ser um lançamento de 2013) é o álbum “False Idols”, do Tricky, rei do trip-hop, aquele mesmo de voz arrastada, que canta sussurrando de modo sinistro.

Infelizmente, mesmo com as facilidades da comunicação atuais, ainda não tinha degustado todo o álbum, considerado pelo próprio artista, superior a Maxinquaye, seu primeiro disco e um clássico do estilo.

Nas faixas, as mesclas sonoras já conhecidas, as construções de beats torpes, elegantes, darks, com o plus dos vocais lindos de gente como Francesca Belmonte, Fifi Rong, Nneka, Peter Silberman e, pasmem, Chet Baker.

É mais um bocado de grooves lentos, bem trabalhados, super “cavernosos”, para você adicionar a sua coleção. Ideal para quem está cansado desta sucessão de falsos arco-íris na moringa que é o verão no asfalto.

False Idols” soa como a mais pura diversão. Ótimo para descer a serra, cair no mar, fazer aquela balburdia com os amigos… Só que não.

Deguste:

 

Sobre cair

segunda-feira, janeiro 06, 2014

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“Caia sete vezes; levante-se oito” – Provérbio japonês.