Na mente e nas telas, The Spirit

quarta-feira, julho 23, 2008


A adaptação cinematográfica de um clássico das HQ´s por Frank Miller vai ser uma viagem de volta a minha mente pré-adolescente, em que quadrinhos preto e branco me levavam para um universo distante do qual eu vivia, e que, segundo a minha mãe, adubava meu cérebro com coisas inuteis. 

  The Spirit me apareceu em 1993, por acaso, e com ele comecei a me interessar pela obra de Will Eisner.

E com o traço cinematográfico de Will, me interessei pelos anos 40. E dos anos 40, me apaixonei pelas metrópoles sujas e decrépitas, a fascinação por Nova York, por fumaça de cigarro dançando pelo ar de bares soturnos. E dos bares soturnos, me vi envolvido por música jazz saindo de trompetes tristes para beberrões solitários. Marinheiros encrenqueiros e suas deusas pin ups tatuadas no braço. Me vi idolatrando vagabundos sujos, mulheres depravadas e finalmente, pela beleza obscura dos filmes e da literatura Noir.

Em suma, é assim mesmo. Um amor sempre leva a outro.