A melhor (ou pior) entrevista do Jesus and Mary Chains de todos os tempos
quinta-feira, outubro 03, 2013
Miss Kittin: electroclash das estrelas
Ontem, quando comecei a assistir (finalmente) a série Orange is The New Black, do Netflix, fiquei com uma pulga atrás da orelha com a personagem Alex, a “international drug-runner” que colocou a protagonista da história numa grande enrascada e a levou para a cadeia.
Achei bastante parecida com Caroline Hervé, mais conhecida como Miss Kittin,a diva do electro europeu, que , em parceria com o DJ The Hacker, gravou First Album em 2001, com músicas como "1982" e "Frank Sinatra", verdadeiros hinos da cena electroclash.
Mas não era.
Tratava-se da atriz Laura Prepon, que apesar das semelhanças, olhando de modo mais atencioso, percebemos que passa longe do charme frio da francesa. Foi então que me perguntei: por onde anda Miss Kittin? Me lembrei que tinha o blog dela em alguma pasta do meu feedreader e fui lá conferir alguma novidade.
E tinha.
A menina lançou em abril deste ano “Calling From The Stars” (Juno Records), álbum duplo, de faixas longas, envolventes, às vezes dançantes. Tudo parece soar distante dos seus primeiros trabalhos com sonoridades mais simples, low tech (não que isso fosse ruim), provando que o tempo passa, mas que está lhe fazendo muito bem.
Gostei bastante de “Maneki Neko", "Calling From The Stars" e “See You”, todas bem climáticas, carregadas de sinths, digamos, “Kraftwerkianos”. Legal também a cover inusitada de "Everybody Hurts", clássico do R.E.M
Foi uma grata surpresa, movida pelo acaso, e que caiu de bandeja nas minhas mãos. Talvez não seja tão bom para as pistas, mas é uma ótima trilha para “andar por aí pela cidade”, seja lá o que esse adjetivo signifique para você.
Ouça:
P.S
Miss Kittin a direita, Laura Prepon à esquerda. Viu que é fácil confundir?
O difícil e fascinante ofício de editor de livros
Estes slides fazem parte de uma palestra que o Carlos Carrenho, editor do PublishNews, apresentou no Instituto de Letras da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), no dia 02/10/2013.
Ele mostra a gradativa perda de poder do editor, assim como o surgimento da ruptura tecnológica na indústria editorial.
Interessante conhecer os (muitos) desafios e as (des) vantagens do ofício de editor de livros.
Seis parágrafos para Walter White
No deserto de Albuquerque (EUA), uma camada de cristal azul trincou dentro de um motor home decrépito. Era o início de uma lenda que embalou corações com uma adrenalina nervosa. Era o nascimento de um conto sobre violência, morte e, sim, superação. Indo além dos limites da índole, do corpo, de uma vida que se arrastava à morte certa.
Qualquer um faria isso? Não. Nem todos. É preciso as faíscas certas para um dia de fúria. É necessária a motivação correta para transpor a lei, sem grandes dores de consciência ou medo.
O sistema é uma droga e nós concordamos com isso, apesar de nada fazermos. Deixamos que enfiem goela abaixo, o jeito correto de se portar, de se viver, de se escrever, de publicar na web para ser indexado pelo Google. Estamos todo o tempo deixando de lado nosso próprio estilo. Vendemos nossas almas para nos adequar na sociedade que se autovigia, que se autopune por sair da linha.
Mas todo grande herói é, de certo modo, um anjo amaldiçoado, surgindo na poeira do “mais do mesmo”, transformando vidas, destruindo, fazendo o bem com o mal com todo o poder enérgico contido na fúria.
Mudar o estabelecido e admitir que faz tudo não por um bem comum, mas pelo prazer individual de ser respeitado como ser único, com seus talentos natos, é um direito que qualquer pessoa deveria possuir.
E quando isso não for possível pelas vias legais, criar uma persona incógnita, usar um chapéu negro e óculos escuros, podem te ajudar a correr invisível pelos esgotos do sistema, explodindo tudo de baixo para cima.
Ilustração: Sethard
+ http://sethard.deviantart.com/art/BrBa-404790186