“Enquanto trabalhavam, Case deu-se gradualmente conta da música que vibrava sem cessar. Chamavam-lhe dub e era um mosaico sensual, produzido a partir de várias coleções de discos de pop digitalizados. Molly dizia que se tratava de adoração e sentido de comunidade. (...) Zion (a nave espacial rastafári flutuando na órbita terrestre) cheirava a vegetais cozidos, humanidade e erva...”
William Gibsons, em Neuromancer.
No dia 07 de julho deste ano, cheguei à São Caetano do Sul embebido em uma pneumonia que me fazia contestar a realidade de tão forte. Entre tosses e espirros, no ponto de ônibus, vi este cartaz e concluí que o som do “grande gigante vagaroso” tinha tomado conta até desta parte cinza do Brasil. E pensava em um semi-delírio torto: “Não, não. Reggae e frio não harmoniza”.