Black Swan: Novo filme de Daren Aronofsky

terça-feira, janeiro 18, 2011

 

Delírios: matéria prima para transformar a realidade. Combustível para acender ou dar vida aos sonhos e pensamentos mais profundos. Resgatam no fundo da inconsciência, tudo aquilo de que somos feitos, mas que escondemos sem mesmo saber o por que.

E os delírios podem ser tanto um “excesso de paixão” quanto uma alucinação vulgar, território dos loucos ou dos que usam de substancias ilícitas para expandir a mente. Explorar a química invisível do cérebro pode ser algo perigoso, pois este, é um lugar pouco conhecido, verdadeiro reino de sombras, de coisas inimagináveis, beirando o sobrenatural.

Por isso, é difícil falar de Black Swan sem deixar de relatar o enredo do filme. Mas em consideração aos poucos leitores deste blog, e ainda mais, aos poucos que confiam em minhas palavras, não irei me aprofundar. Deixo o trabalho para os sites especializados, com sinopses e fotos em exaustão.

Me centro somente na premissa de que os delírios da personagem Nina (Natalie Portman) desprendem-se da tela e vão se alojar em nossa percepção. O olho de Nina é o olho da câmera, sendo assim nosso próprio olho. Meio Confuso. Mas tudo bem. Conseguir confundir o espectador é o trabalho mais sublime que um diretor pode fazer.

Neste aspecto, Darren Aronofsky é mestre. Consegue hipnotizar sua platéia fazendo-a mergulhar na personalidade frágil e ao mesmo tempo, aterrorizante de uma bailarina em busca da perfeição. Darren foi muito feliz ao convidar Portman para o papel, ao qual pode-se usar o termo “ela encarnou-muito-bem” sem nenhum receio.

E também sem receio, exprimo: Natalie simplesmente se superou como atriz e Aronofsky como diretor. Por isso, Black Swan é digno para ser um dos melhores filmes de 2011.

“Talvez, por ventura, quem sabe”, da década?

 

Trailer oficial: