A leitura é sexy no dia do livro

terça-feira, outubro 29, 2013

livro-vidas

 

Vive muitas vidas aquele que lê. Acumula experiências diversas quem se afoga em páginas. Erra menos na escrita formal e no roteiro da vida quem sempre está lendo.

Dá para sentir o peso das alegrias e das dores nunca vividas. Dá para cansar os olhos por ir dormir tão tarde até o final de um imenso capítulo. Você vibra, odeia, ama, além é claro, de te deixar mais arguto.

E garotas gostam de rapazes cultos. E garotos gostam de moças cultas. E garotos gostam de garotos cultos. E moças gostam de moças cultas. Mas para os sexos, uma regra deve existir: não é por você estar um pouco mais esperto que precisa ser necessariamente mais chato e boçal. O negócio é ser legal. É o único elemento que pode te deixar mais sexy. Depois da leitura, claro.

 

Foto: http://howtokillyourheroes.tumblr.com/post/58346653995

Você sabe exatamente o que tem que fazer

segunda-feira, outubro 28, 2013

paulmadonna_allovercoffee

 

Para uma, duas ou três esperanças perdidas, melhor tomar o dobro de coragem, ousadia e sim, um “dane-se” raivoso. Desejos não estão por aí para serem realizados. São esboços quiméricos que só servem para nos impulsionar. Um, dois, três recomeços. Ou quantos você achar melhor, é tudo o que precisa. Bote para quebrar, peregrino! Você sabe exatamente o que tem que fazer.

***

A ilustração deste post é da autoria de Paul Madonna, e faz parte da série “All Over Coffee”, publicada semanalmente no San Francisco Chronicle. São desenhos poéticos, que exibem certo vazio arquitetônico, falando através de placas sutis dentro da ambientação ou mesmo pelos textos escritos ao lado do quadro.

 

***

A seção “Autoajuda de segunda” é uma brincadeira, que mais desconstrói do que realmente ajuda. Não leve isso a sério. Como o próprio nome diz, é de segunda categoria.

 

 

Barulho rosa na manhã de sábado

sábado, outubro 26, 2013





 #ringodeathstarr


Luis Arturo Aguirre. “Desvestidas”. #photospaña

sexta-feira, outubro 25, 2013





Luis Arturo Aguirre. “Desvestidas”. #photospaña


#Giganto Terminator

domingo, outubro 20, 2013





#Giganto Terminator


O cinema surrealista por David Lynch

sexta-feira, outubro 18, 2013

davidlinch-surreal

No ano de 1987, David Lynch, o diretor que 10 entre 10 doidões amam venerar, participou de um documentário na BBC londrina, apresentando suas  influências do cinema surrealista.

A qualidade não é das melhores, mas vale conhecer um pouco sobre o material surpreendente que direcionou o cineasta.

STORYTELLER–NUDE: Playboy hardcore

quarta-feira, outubro 09, 2013

STORYTELLER NUDE

Produzida pelo fotógrafo Chad Michael Ward, Storyteller: Nude é um show de imagens e conceito. Saindo (e muito) do lugar comum, provoca e redefine o tão careta e mel com açúcar “nu artístico”.

Vire as páginas logo abaixo e admire o trabalho:

 

Wear About: olhar fashion sobre a Índia

terça-feira, outubro 08, 2013

wearabout2

Blogs de moda de rua são sempre iguais. Gente branca, magra, bonita, vivendo em algum pico urbano do mundo ocidental. Alguns, de tão famosos, ditam tendências ao mundo, inspirando (ou definindo regras) para fashionistas loucos pela próxima tendência.

No ano de 2010, Manou, um fotógrafo indiano, resolveu entrar nesta onda, saindo pelas ruas de sua cidade, Bombaim, catalogando pessoas e seus trajes.

Em seu blog, conseguiu exibir uma até então improvável “street fashion”, em um lugar marcado por tradições/contradições milenares que persistem até os dias atuais, tendo mais de 12 milhões de pessoas residindo só em seu núcleo urbano.

Vale gastar alguns minutos vendo suas fotos, que inspiram e nos ensinam um pouco mais sobre uma cultura rica, única, que ainda nos parece um país exótico.

 
wearabout4

wearabout3

wearabout5

wearabout1

wearabout10

wearabout11

wearabout7

wearabout12

wearabout8

wearabout9

wearabout13

+ http://wearabout.wordpress.com/
     https://www.facebook.com/wearabout
     https://twitter.com/wearabout





Pixies lança clip de Andro Queen

BRAND-NEW PIXIES SONGS1

 

Os “supercultuados” Pixies lançaram o EP-1, álbum com quatro músicas inéditas (Andro Queen, Another Toe In The Ocean, Indie Cindy e What Goes Boom).

Primeiro trabalho de estúdio desde Trompe Le Monde (1991), EP-1 tem a produção de Gil Norton, o mesmo de Doolittle (1989) e Bossanova (1990).

O clipe em questão é Andro Queen, que contém a sonoridade típica do grupo: guitarras nostálgicas e letra surrealista que nos remete a alguma espécie de musa desconhecida (?), já que a palavra Andro é um prefixo grego que significa “macho, homem, ou masculino”. Além disso, há um trecho cantado em Esperanto, deixando tudo ainda mais enigmático.

 

 

Andro Queen vem ao mundo já com ares de “clássica”, e tenho a ousadia de inseri-la entre as canções mais belas do grupo.

Foram prensados 5 mil cópias em vinil, e o disco pode ser adquirido neste link: http://www.pixiesmusic.com/ep1-row-detail/

A arte do álbum é do britânico Vaughan Oliver, criador de capas incríveis para a maioria das bandas do selo mítico 4AD.

 

BRAND-NEW PIXIES SONGS2

 

BRAND-NEW PIXIES SONGS3

Lei natural da sobrevivência

segunda-feira, outubro 07, 2013

blumberg-bussinesweek-ikebatista

Capa da revista Bloomberg Businessweek, que na semana do dia 03/10, estampou o empresário Eike Batista sob o título: "Como perder uma fortuna de US$ 34,5 bilhões em um ano".

 

As coisas estão estranhas, meu caro, e não sei fornecer maiores significados. O frio que toma conta todo o tempo (e somente) na sola do pé, é um indício do que estou tentando dizer. Cresci, e agora percebo que estamos dentro de uma disputa acirrada de realizações de sonhos, em que todos precisam ser felizes.

Mas o dia a dia, meu velho, tem mostrado que neste pedaço da galáxia em que há atmosfera, oxigênio e água em abundancia, a distribuição dessa felicidade padrão não é para todos. Unhas, dentes e planejamentos maquiavélicos são necessários para entrar nessa corrida insana pela autossatisfação.

Sei que estou perdendo o jogo, meu querido, por não ter dentro do meu cérebro, a ânsia em comum deste zoológico sem grades, repleto de feras selvagens ávidas por carne e sangue. Além de um fígado que filtra com deficiência, tenho a ausência em extrema dose da ganância.

E nestes tempos estranhos, sonhar com um quartinho de 2x2 metros, entulhado de livros, com uma mesinha, cadeira simplória no meio para se debruçar, ler e escrever, é contra a lei natural da sobrevivência do mais apto, meu chapa. O meu “vencer” particular é o “perder” do resto do mundo.

Aceitar que perdeu não é o mais difícil. Recomeçar, sim, é a verdadeira batalha.

A melhor (ou pior) entrevista do Jesus and Mary Chains de todos os tempos

quinta-feira, outubro 03, 2013

jAMCBOBBYDRUMS

Jim Reid: "Joy Division were fucking rubbish".

Você tem que ser muito macho (ou estar muito louco) para falar em um programa de TV que o Joy Division foi um “lixo da porra”.

Mas impagável mesmo, é ver o baterista Bobby Gillespie dar uns amassos em uma garota desconhecida que estava com eles.
Surreal.



Miss Kittin: electroclash das estrelas

MIssKittin-Calling-from-the-stars

 

Ontem, quando comecei a assistir (finalmente) a série Orange is The New Black, do Netflix, fiquei com uma pulga atrás da orelha com a personagem Alex, a “international drug-runner” que colocou a protagonista da história numa grande enrascada e a levou para a cadeia.

Achei bastante parecida com Caroline Hervé,  mais conhecida como Miss Kittin,a diva do electro europeu, que , em parceria com o DJ The Hacker, gravou First Album em 2001, com músicas como "1982" e "Frank Sinatra", verdadeiros hinos da cena electroclash.

Mas não era.

Tratava-se da atriz Laura Prepon, que apesar das semelhanças, olhando de modo mais atencioso, percebemos que passa longe do charme frio da francesa. Foi então que me perguntei: por onde anda Miss Kittin? Me lembrei que tinha o blog dela em alguma pasta do meu feedreader e fui lá conferir alguma novidade.

E tinha.

A menina lançou em abril deste ano “Calling From The Stars” (Juno Records), álbum duplo, de faixas longas, envolventes, às vezes dançantes. Tudo parece soar distante dos seus primeiros trabalhos com sonoridades mais simples, low tech (não que isso fosse ruim), provando que o tempo passa, mas que está lhe fazendo muito bem.

Gostei bastante de “Maneki Neko", "Calling From The Stars" e “See You”, todas bem climáticas, carregadas de sinths, digamos,  “Kraftwerkianos”. Legal também a cover inusitada de "Everybody Hurts", clássico do R.E.M

Foi uma grata surpresa, movida pelo acaso, e que caiu de bandeja nas minhas mãos. Talvez não seja tão bom para as pistas, mas é uma ótima trilha para “andar por aí pela cidade”, seja lá o que esse adjetivo signifique para você.  

 

Ouça:

 

P.S

 

miskittin                   lauraprepon

 
Miss Kittin a direita, Laura Prepon à esquerda. Viu que é fácil confundir?

 

+ http://www.misskittin.com/

   https://soundcloud.com/misskittin

O difícil e fascinante ofício de editor de livros

 

Estes slides fazem parte de uma palestra que o Carlos Carrenho, editor do PublishNews, apresentou no Instituto de Letras da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), no dia 02/10/2013.

Ele mostra a gradativa perda de poder do editor, assim como o surgimento da ruptura tecnológica na indústria editorial.

Interessante conhecer os (muitos) desafios e as (des) vantagens do ofício de editor de livros.

Seis parágrafos para Walter White

breaking-bad-by-Sethard

 

No deserto de Albuquerque (EUA), uma camada de cristal azul trincou dentro de um motor home decrépito. Era o início de uma lenda que embalou corações com uma adrenalina nervosa. Era o nascimento de um conto sobre violência, morte e, sim, superação. Indo além dos limites da índole, do corpo, de uma vida que se arrastava à morte certa.

Qualquer um faria isso? Não. Nem todos. É preciso as faíscas certas para um dia de fúria. É necessária a motivação correta para transpor a lei, sem grandes dores de consciência ou medo.

O sistema é uma droga e nós concordamos com isso, apesar de nada fazermos. Deixamos que enfiem goela abaixo, o jeito correto de se portar, de se viver, de se escrever, de publicar na web para ser indexado pelo Google. Estamos todo o tempo deixando de lado nosso próprio estilo. Vendemos nossas almas para nos adequar na sociedade que se autovigia, que se autopune por sair da linha.

Mas todo grande herói é, de certo modo, um anjo amaldiçoado, surgindo na poeira do “mais do mesmo”, transformando vidas, destruindo, fazendo o bem com o mal com todo o poder enérgico contido na fúria.

Mudar o estabelecido e admitir que faz tudo não por um bem comum, mas pelo prazer individual de ser respeitado como ser único, com seus talentos natos, é um direito que qualquer pessoa deveria possuir.

E quando isso não for possível pelas vias legais, criar uma persona incógnita, usar um chapéu negro e óculos escuros, podem te ajudar a correr invisível pelos esgotos do sistema, explodindo tudo de baixo para cima.

 

Ilustração: Sethard

+ http://sethard.deviantart.com/art/BrBa-404790186

 

 

Espancando professores

quarta-feira, outubro 02, 2013

 

O artigo “Espancando professores se destrói um país!” me inspirou o título deste Storify.