A substância de Dot Allison

sexta-feira, julho 28, 2006

Dot Alisson - Substance - Felix The Housecat


Dot Allison é ex-integrante da "One Dove", banda tranquilona dos primórdios do Trip Hop. Apesar de talentosa, passou despercebida por muito tempo pela crítica, fazendo algumas participações em projetos como o  "Death in Vegas", dos produtores Richard Fearless e Tim Holmes.

O caso é que ela só "vingou" de verdade ao lançar seu primeiro trabalho, "We Are Science", de 2002. Mas só neste ano (2006), conheci suas composições, ou melhor, os seus timbres sintéticos que estão dentro do movimento musical da moda em Nova York, o chamado “Electroclash”.


Algo moderno nas harmonias e nas letras me chamou a atenção. Esta canção, em particular, tem tocado constantemente em meus headphones, definindo meu entusiasmo pela a artista.


      


Ouví isso andando por aí, com  olhar perdidão, através da janela de um ônibus, na tentativa de ser uma espécie de flâneur cibernético, essas coisas que a gente quer ser e nunca consegue…

De qualquer modo, Dot Alisson é uma grata surpresa.

Dot Allison - Substance
Don't rescue me
When I play with with fire
Don't need to know
Is this desire
We hold back words
Our eyes are giving away
Deny the past
We've come to radiate
In need of some substance
In need of some substance
A little's less than nothing
In need of some substance
The sun might set
Tonight could be the night
And if thats the case
You'll get on all right
But there's no point
In spoiling for a fight
Because we're blinded by
The darkest ray of light
 
+ http://www.dotallison.com/

Egotrip #000

quarta-feira, julho 26, 2006

          

Eu sei que você gosta de dormir com a TV fora do ar. Sei que os milhares de pontos de pixels te lembram sêmens ensandecidos, apressados para fecundar um óvulo. Sei ainda que leva essa coisa de virtualidades e tecnologia pirata bastante a sério. Também acredito numa tecnologia de quintal, que te dá felicidade, apesar dos seus poucos atributos financeiros para comprar bugigangas de marcas oficiais. 

Essa ideia não é nova. Foi herdade de William Gibson, no livro Idoru, com personagens hippies hightechs, que abandonaram a confecção de amuletos a base de Durepox, para produzir laptops e personal computers de forma artesanal, sendo vendido em qualquer praça, rua ou passarela.

Você prefere as metrópoles sujas do que um campo verde. Detesta raves em chácaras, sítios ou qualquer lugar natural. Acredita que os subgraves comuns nesses sons são um desrespeito a natureza e tudo que nela reside de mais puro. O ser humano, na sua visão,  tem que apodrecer nos asfalto, nos seus lugares de concreto com ar processado que tanto vangloriam-se de poder estar. 

Mas acredite nesta voz advinda do futuro, peregrino: por estar atrás, catando o que os outros deixaram e esqueceram, pode ser que nunca venha realizar alguma coisa de útil nesta vida. Desse modo, apresse-se. Empurre a multidão com socos e pontapés. Ao menos uma vez, tome a dianteira dessa turba boba que finge saber para onde vai. 


Cafeteira insone

sábado, julho 08, 2006



Desejo ardente de ouvir minha cafeteira barata trabalhar. O som do vapor entrando em contato com o pó, exalando por toda a casa, o cheiro forte do revigoramento de ânimo. Só em lembrar da fragrância, alguns milhões de neurônios são ativados. 

Nada demais nisso tudo se, neste momento, não fosse mais de duas da manhã. 

Tudo culpa do Coffee Geek: http://www.coffeegeek.com/