Serão poucas as palavras, mas muitas serão as lembranças da noite de ontem. Um momento marcante e que trouxe de volta a sensação adolescente de ir ao show de sua banda preferida.
Conhecer, literalmente, um ídolo que faz a trilha musical do seu dia a dia, que ajuda o seu coração a encontrar luz em meio ao cinza da cidade, que enche seu peito de uma nostalgia calma, que dá esperanças boas, sonhar dentro do ônibus que te leva ao trabalho todos os dias, te inspira a escrever ou simplesmente aguentar tudo como se fosse um videoclipe florido, é, sem dúvida alguma, algo brilhante e comovente. Não estou colocando-os em um altar. É só um carinho especial e sóbrio.
Ao chegar no Lega Itálica, fui surpreendido: o grupo estava na porta, conversando, tomando cerveja. E me olhavam como se já me conhecessem. Claro, minha camisa do My Bloody Valentine ajudou, já que é a grande influência deles.
A linguagem do sorriso, do aperto de mão, realmente universal, me ajudou. Meu “inglês” sumiu e só conseguia dizer: Guys, i`m a fucking great fan! Era o que bastava. Ao longo da noite, enquanto outras bandas tocavam, eles circulavam e, ao cruzarmos caminhos, sempre correspondiam com sorrisos e o também universal “joinha”.
Fui feliz ao dropar nas ondas ruidosas de distorções impressionantes, mergulhar no grave ensurdecedor do baixo da Alex e suar no frio de 16º.
A única coisa que não foi legal e que sempre me dou mal é posar para fotos ao lado de ídolos. Sempre saio com uma cara de babaca impressionante. Mas enfim, nem tudo é perfeito.
Veja o vídeo abaixo que fiz na beirinha do palco (e que ne deixou surdo da silva depois) e aprenda a fazer uma canção de ninar ruidosa e cheia de amor!