Em uma segunda-feira do mês Fevereiro de 2011, escrevi um post intitulado “Você viu primeiro aqui, stalker!”, em que destilava o meu ódio pela cidade em que cresci e algumas de suas pessoas que, de modo igual, me odeiam, usando esta incrível banda como trilha.
O que não imaginava é que, em pouco mais de um ano, estaria livre de muitas mazelas que me atormentavam e, putamerda, veria in loco uma das bandas que mais me arrepiam a alma atualmente.
Estes, legítimos representantes do shoegaze, é um grupo verdadeiramente indie, pois, caro ignorante, indie é o diminutivo de Independent, ou seja, vivem de turnês em que a ralação é uma constante e não assinar com uma grande gravadora é uma opção.
Estas coisas sonoras que hoje usam o termo (e seus fãs ignorantes, lógico), estão longe de serem crus, verdadeiros e claro, independentes. São, na verdade, arremedos de rebeldia. São simulacros de verdadeiras distorções que evocam o suor. Boy bands de barbudos de guitarra posando de poetas solitários que no fundo, são apenas maconheiros classe média alta posando de pobretões.
Fodam-se todos.
Só quero estar embriago de ruídos que embalam canções de ninar, de bebida forte e da sorte de estar no momento.
E viva a porra das guitarras que esporram nos ouvidos!