Sexta-feira 13 de delírio

quinta-feira, janeiro 12, 2012

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Finalmente a sexta, vindoura como sempre, trazendo consigo o alívio imediato para almas cansadas. Para alguns, mais um dia como qualquer outro, mas para outros, espíritos malignos zombeteiros espreitam a cada esquina. Explico:

Considerado um número de infortúnio segundo a numerologia, o 13 impera nesta sexta-feira, a primeira de uma série de 03 durante este ano de 2012. Diz a lenda que, em uma data como esta, Jesus foi crucificado, tornando assim um dia de azar. O evento, cheio de misticismo e do sobrenatural, criou um novo medo quase irracional nas pessoas, o Triscaidecafobia, que é o medo do número 13.

 

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Uma variação desta fobia, que tem uma relação mais profunda com a sexta-feira 13 é chamada de parascavedecatriafobia ou frigatriscaidecafobia, um puta nome assustador que surgiu de outra lenda, em que a deusa do amor e da beleza Friga (que deu origem à palavra friadagr = sexta-feira), prometeu vingança as tribos nórdicas e alemãs, já que estas se converteram ao cristianismo. Friga, passou a ser uma bruxa temida, reunindo-se todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio para rogarem pragas aos humanos.

Pessoalmente, acho que a realidade diária tem terrores muito mais palpáveis, que me preocupam de verdade. Coisas como a morte, a violência sexual contra crianças e a proliferação de drogas pesadas tal qual a Krokodile. O mundo que ferve bem na porta de sua casa é extremamente mais assustador que qualquer praga demoníaca.

Mas para quem põe sua força e energia neste tipo de pensamento (o que acaba sendo real de certa forma), todo cuidado é pouco. Afinal, o que o “coração” vê, a mente acredita.

 

 

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Ilustração do Jason Playmobil: http://www.flickr.com/photos/amadgunslinger/

Haiti: dois anos depois da tragédia

HAITI-QUAKE/ Swoan Parker / Reuters

 

Hoje (12.01.2012) é o segundo aniversário do devastador terremoto que matou cerca de 300.000 pessoas no Haiti. E se você acha que as coisas mudaram por lá, está muito enganado. Somente metade do entulho foi limpo e a “reconstrução” perdura até hoje.

Enquanto os noticiários alardeiam sobre a “crise” na Europa (colapso de europeu deve ser viver sem geléia nas torradas ou um bom pinot na adega), um relatório divulgado esta semana pelo presidente Michel Martelly, diz que cerca de 4,5 milhões sofrem com a escassez de alimentos, 60% da população estão sem trabalho, 800 mil vivem sem eletricidade, 500 mil continuam sem saber ler nem escrever e 08 entre 10 pessoas vivem com menos de 2 dólares por dia. Miséria, meu irmão, muita miséria!

A tragédia originou um fenômeno de imigração em massa ao Brasil que pode ser comparado aos êxodos do início do século 20. O Ministério da Justiça calcula que, nestes dois anos, cerca de 4.000 haitianos tenham cruzado a fronteira de países vizinhos ao Brasil e alcançado municípios dos Estados do Acre e do Amazonas.

De acordo com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, há cerca de 4 mil haitianos no Brasil e cerca de 1,6 mil já estão em situação regular. A situação será definida por resolução do Conselho de Imigração do Ministério do Trabalho. Quem chegar depois da edição da resolução não será beneficiado.

O que me preocupa é que, em um país como o nosso, onde os próprios brasileiros rejeitam brasileiros, imagina o que esta pequena multidão não vai sofrer?

Sei que não posso fazer muita coisa daqui por esse povo, mas não custa lembrar que o país continua desolado e que ainda há um caminho e tanto para percorrer nos seus esforços de recuperação. Vamos ver se a grande mídia ainda lembra desse fato e desperte algum sentimento em quem realmente tem o poder nas mãos.

Na sequência, imagens disponibilizadas por agências de notícias:

 

508072874                                                                      Thony Belizaire / AFP / Getty Images

 

 

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Swoan Parker / Reuters

 

HAITI

Swoan Parker / Reuters