O mestre mandou...

quinta-feira, agosto 11, 2011

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Escreva bêbado, edite sóbrio. Se até mesmo o mestre estava às voltas com as loucuras d`alma, também sigo o seu caminho, na tentativa de superar, vencer e rir da cara do meu pior inimigo: eu mesmo.

Se for crise da meia idade ou coisa que o valha, desconheço, mas não posso negar que o futuro pareça inóspito ou sem alternativas. Não vou conceber que estou nesse mundo passando por ele sem rachá-lo ao meio. Se aqui estou é por algum motivo. E não quero rastejar na lama enquanto párias adornados de pose comandem esse velho planeta imundo.

Eu sou eu e nicurí é coco... Ou o diabo, como dizia Raul.

“Sei quem sou e onde estou!

Sei quem sou e por onde vou!”.

 

 

 

 

Depois o Pause, vem o Play, Macaco!

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Macaco, aperta o play pois cansei do pause. Quero fervilhar a minha e a mente dos olhos que aqui pousam. Quero conectar pensamentos, partilhar sonhos, escrever intensamente na mesa da modernidade liquida. Quero me perder em inúmeras culturas, dissolvê-las em um único extrato confuso e rico em proteínas.

Sem certezas, sem regras, sem apuro técnico.

Dê o maldito Play, Macaco, pois o tempo não é mais como era antigamente e preciso das mixórdias viciantes da world wide web. Necessito do gosto adocicado das vibrações subsônicas que emanam dos meus fones chineses.

 

Um Play no eterno agora que nunca acaba.

Um Pause na memória para não esquecermos do que fomos.

Um Stop na dor ou na depressiva urgência humana de lembrar que ela existe.

E um Rewind em todo e qualquer resquício de felicidade, pois sempre é bom tê-la em nossos impuros corações, mesmo que na parca ilusão da nostalgia que reina na virtualidade dos pensamentos.

Apenas aperte o Play, Macaco... E dessa vez, vê se aperta para sempre, falô?

 

 

 

 

 

Chemical Brothers toca ao vivo a canção “Saturate”, em Melbourne, Austrália. Eu não estava lá. Mas nada me impediu de sentir como se estivesse. E foi bom e emocionante do mesmo modo!