Comendo em pé na República

domingo, julho 15, 2012

deniac_Pracarepublica_rampazo                                      Foto: Jessica Rampazo

 

Na preguiça das 11h de um domingo que pendulava entre os 16 e 13º Celsius (temperatura suficiente para castigar as pontas dos dedos e desejar comprar um par de luvas), foi o momento de conhecer a famosa feira de artesanatos, bijuterias, camisetas, objetos de decoração “hippie”, tempurás gigantescos, pasteis e coisinhas mil que somente no sétimo dia da semana tomam vida na Praça da República.

A feira, (não somente esta, qualquer uma), é uma pequena celebração de viver em comunidade, na cidade, entre tantas pessoas de tantas ramificações do mundo. A da Praça da República é um exemplo bonito aos olhos e estômago. Dizem que ela começou com um único homem, J.L. Barros Pimentel, no final dos 50, um filatelista que vendia selos raros, o que atraiu colecionares de moedas, depois vendedores diversos até chegarem os “hippies”.

A cada passo, a diversidade te concede o prazer de comer bons doces, salgados e quitutes inconfundíveis de lugares do Brasil e do mundo.

 

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São esses elementos que atraem as pessoas, que borbulham comprando e comendo, aglomerando-se, desfrutando o dia, do pouco sol e do ar um pouco mais puro. Deve ser a falta de uma praia próxima que provoca isso, essa coisa da cidade olhar mais para dentro de si, sabendo usar de uma forma mais eficaz dos seus espaços urbanos.

E o urbano reina porque não tem o grande inimigo da bela natureza, de praias que se deitam lindas sob o sol vigoroso. Claro que isto é também beleza e que muito prezo, pois não suporto ver grandes lugares, tais como os incríveis cenários de Salvador, desperdiçados. Mas valorizar a urbe é tão importante quanto à natureza, já que passamos muito mais tempo no concreto que na terra propriamente dita.

Por isso, que ainda ando e não me canso, pois nada melhor que degustar “um concreto de qualidade”, que te enche de proteínas e cultura.