Trilha: 1 - Johan Soderqvist - Then We Are Together
2 - Per Gessle - kvar I Min Bil
[Caso não entende porríssima nenhuma do que eu disse, leia o texto]
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Você acreditaria se eu te dissesse que dois atores mirins, em seus 12 ou 13 anos cada, conseguem passar mais veracidade, elegância e (pasmem) sexualidade, conferida à situação do amor-impossível-entre-uma-pessoa-comum-e-um-ser-das-trevas? E se eu te dissesse que eles fazem isso de forma infimamente superior ao que muitos blockbusters que invadem nossas tvs, blogs, twitters e mente, sugerem?
A grande mídia, poderosa que é, através dos seus excessos, nos impõem pela repetição, uma falsa arte que só sobrevive devido à osmose. Uma mentira repetida diversas vezes, que torna-se uma verdade absoluta. E assim, o mito, nasce sempre da repetição!
É o seguinte:
A estupidez, a violência e a corrupção são alguns dos diversos elementos que tornam a “maldade homo sapiens” em algo que está no patamar de gerar o verdadeiro medo e terror no interior das almas inocentes. É o caso do filme “Deixe Ela Entrar” (Let the Right One In, 2008).
O monstro, não é uma garota estranha que ataca pessoas para sugar-lhes o sangue. O mostro, é a covardia de um bando de meninos, que sem nenhum motivo maior, escolhe um “xucro” entre os muitos pequeninos do playground, para lhe aplicar sovas e humilhações, dia após dia.
Por isso:
Se tudo que lemos ou assistimos deve ter consigo um fundo moral para nos auxiliar na dura tentativa do que pode-se chamar de vida, atrevo-me a conceber o seguinte fundo ético à película em questão: A maldade humana, sempre estará acima de qualquer monstro, seja ele de origem sobrenatural, alienígena ou resultado de uma mutação químico/cientifica.
E só para acresentar, deveras, digo hoje:
Desde “Carrie, a estranha”, nunca tinha visto um final tão visceralmente apoteótico quanto esse!
E por esse motivo, sozinho, no escuro do quarto, fiz “Clap, Clap, Clap!!!!”.