Pensamento rápido do dia: a música de amor mais feia do mundo

segunda-feira, janeiro 17, 2011

 Federico Erra

 

A música de amor mais feia do mundo, também é a mais linda, pois é a que mais se aproxima da vida real. Cheia de altos e baixos, distorcida. Melodicamente ruidosa. Desafinada e descompassada como os corações em conflito.

 

 

 

"Hate
Pretend that I
Adore you
Hate
What do you take me
For you
Cry-baby
Shame
You're in love
With the game
Swallow the pain
Nothing else will remain
Hate
What I will do is
Scar you
Hate
Don't say I didn't
Warn you
Cry-baby
Shame
You're in love
With the game
Riding away
And then
Care-free again"

Desmaiando em transportes públicos

 

Você só pode vê-los ao final do dia. Estão sempre sem consciência, perdidos nos seus próprios sonhos. Todos imersos em si mesmos, compartilhando em silêncio (e movimento), um único hábito: dormir em transportes públicos.

Estas pessoas, cansadas de seus fardos diários, são frutos diretos das pressões modernas, vitimadas por seus trabalhos fastidiosos. Claro que, como tudo neste mundo, eles também tem um nome. São os chamados POOPTS - Passed Out On Public Transportation - algo como “Desmaiado em Transporte Público”.

Este “movimento” se alastra cada vez mas nas grandes capitais, sendo a parte visível de um mundo que nos cansa, que nos leva a estafa, fazendo desfalecer a alguns por completo.

O caso é tão sério e corriqueiro em todo o planeta, que pessoas como o dono do Tumblr chamado de P.O.O.P.T, chegam ao extremo de “catalogar” esses momentos, em um verdadeiro estudo fotográfico do fenômeno.

São fotografias interessantes, verdadeiras. São flagrantes de momentos que levam do riso a “pena”, no sentido de compaixão. Imagens que, infelizmente, ainda perduram em meu cotidiano.

 

 

Não ria. Pode acontecer com você!

 

Acesse: http://poopt.tumblr.com/

"Somewhere", de Sofia Coppola: um bom lugar para bocejar

 

 

Para Ana Paula Sousa (Ilustrada da Folha), “Somewhere” é “de fato, irresistível”. Já Rodrigo Fonseca, de O Globo, "’Em algum lugar’ comprova a maturidade de Sofia ao evitar os clichês de filmes sobre relações entre pais e filhos”.

Meu deus, há algo errado comigo então! Não sou nenhum crítico de cinema, não consumi todas as grandes obras fílmicas do mundo. Sou apenas um espectador mediano, mas com propriedade suficiente para anunciar: a mais recente produção de Sofia Copolla é uma merda!

Ora bolas, posso dizer isso sim: uma grande pústula esse filme! E o caracterizo com toda autoridade desse modo, por ser um grande fã da cineasta, que até então me proporcionou verdadeiros “sonhos lúcidos”, com momentos inesquecíveis de leveza e sensibilidade dentro das salas escuras, sintetizando na tela, o sentimento de um mundo cada vez mais solitário e confuso.

Mas, poxa, tudo tem seu limite. E Sofia exagerou na dose: o “vácuo” que tanto gosta de retratar, toma em todo o filme, proporções grandiosas, sem sentido. Onde estão os “retratos de vazios existenciais”?

A menina Coppola mostra uma falta de novas perspectivas para um mesmo assunto, repetindo-se, criando clichês dela própria. O tal “tom melancólico e independente” aqui é sem sentido, em tomadas monótonas, cansativas, sem criatividade e o mais chato, desprovida de beleza.

O que achei mais absurdo ainda (e prova de que a crítica só fala e faz bobagens) a produção ter ganhado um Leão de Ouro no Festival de Veneza, em 2010. Mas tudo bem, eles entendem das coisas. Quem sou para meter o bedelho nesta “obra prima”?

 

Quer saber? E eu ainda te amo, Sofia. Só não perca o tino da próxima vez, por favor. E de modo piegas, te digo: ouça “as doces lágrimas dos seus fãs”. Não o ríspido bater de palmas dos seus críticos.

E para não dizerem que estou “de mau” com a filha do velho “Coppolão”, ou que deixei de admirar o trabalho dela, abaixo um comercial da Dior belamente dirigido pela moça em 2008.