Quando um gif te faz rir

terça-feira, janeiro 27, 2009





Só mesmo a mágica ilusão de minúsculos pontos coloridos facilmente replicáveis, para me fazer rir, neste dia azul com Sol forte no céu, mas cinza no meu ciumento coração.

The T-Mobile Dance

terça-feira, janeiro 20, 2009




Na estação Liverpool Street, uma música se inicia nos auto-falantes. Pequenos grupos começam a acompanhar o som. De repente, como se um vírus sonoro tomasse conta do lugar, todos os que ali estavam dançam sincronicamente. Uma euforia coletiva está por todos os lados. Todos são únicos por três minutos. Mas enfim, o que seria isso?

Nada demais, só o verdadeiro significado da palavra "futuro" materializando-se à nossa porta através de um comercial. No caso, esse é da Saatchi & Saatchi para operadora T-Mobile. E o que eles querem nos passar com isso?

Life´s for sharing!



As novas tecnologias da informação ajudando-nos a compartilhar a vida.

Que tal irmos...

quinta-feira, janeiro 15, 2009

... em um loop eterno ,daqui para aqui

Não há mais rebeldes como em 1992.

terça-feira, janeiro 13, 2009




Não há mais rebeldes como em 1992. Sim, claro que houve vários depois desse ano. Claro que aconteceu um rio de posturas revolucionárias, eternas enquanto a juventude e a moda do período ditavam as regras. Claro que houve tudo e tudo aconteceu. Mas me deixo levar pelo meu egoísmo, pela minha vontade de ser adorado, pelo meu rock star morto e frustrado no coração adolescente. Lembro com paixão, lembro com loucura nos lábios, com saudades no olhar, com gosto de vodka e refrigerante na boca, que nunca houve rebeldes como os de 1992.

Tínhamos uma cidade inteira sem violência, onde percorríamos as ruas até as ultimas horas da madrugada. Bebida forte, vinho de quinta categoria, nuvens que quase nunca explodiam em chuva forte, praças mortas com bancos de cimento confortáveis. Pertencíamos a toda uma vida sem dinheiro suficiente, uma vida sem carros para nos levar de volta para casa. Éramos Hell´s Angels de bicicletas velhas, toca fitas com headphone nos bolsos e muita musica com paredes ruidosas de sons lisérgicos vindos de Manchestes, Liverpool e Londres. E não eram Beatles, não eram Rolling Stones.

Era Jesus and Mary Chains, Ride, Chapterhouse, My Bloody Valentine e tudo que soasse frio, vazio, ruidoso e porque não, delicado. Musica ruidosa, desagradável aos ouvidos, distorção ensurdecedora. Nossas canções favoritas era uma fruta deliciosa com uma casca cheia de espinhos. E lavava nossas almas. Aliviavam nossas dores adolescentes. E para acompanhar, havia além do álcool, éter e clorofórmio. Clorofórmio era LSD suburbano para embalar canções de amor barulhentas e lisérgicas. Canções como esse hino de rebeldia “shoegaze” que é “Kick the tragedy”.

Quantas vezes ouvi isso voltando para casa, literalmente encharcado de bebida, pedalando de olhos fechados na minha velha bicicleta enferrujada? As paredes sônicas me levando pelo ar sob bilhões de pontos de luz no espaço. Lua branca de cidade industrial e poluída reinando no céu negro. E tendo como única riqueza, fitas gravadas de um amigo que trazia as novidades de São Paulo!

Aos 14 anos, era desregrado, estranho, solitário, sem rumo... E tudo era possível. Magicamente possível. E é disso que sinto mais falta...




Em 1992 eu provavelmente te diria: "Ouça para sentir-se melhor quando o mundo te fode a alma."

Drop Nineteen - Kick the tragedy