Crepúsculo: Irrigando as menininhas.

segunda-feira, novembro 23, 2009

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O grande questionamento a ser feito na saga Crepúsculo não é o fato de ser uma pobre produção sobre um romance adolescente-vampiresco. O que leva a tecer qualquer tipo de contestação é: Qual o grande motivo do alvoroço “burburínico” criado por uma legião de adolescentes famintas pelos personagens dessa adaptação?

Ok, não li o livro e nem pretendo. Não é o tipo de literatura que me apetece (assim como J.K Rowling e seu Harry Potter), mas me angustia esse frisson “beatlemaniaco” pela coisa em si.

Santo deus, adorar qualquer livro, filme, música, artista não faz mal a ninguém, é algo compreensível no universo de protuberâncias de espinhas que é a adolescência, mas isso é deveras, incompreensível:

O que me impressiona é como a indústria cultural ridiculariza algo tão elegante, inteligente e sexy como são as histórias de vampiros. Como é horrível rebaixar todo um clima gótico, com elementos de um horror romântico, em uma espécie de Rebeldes chupadores de sangue.

Antes de tudo, as garotinhas não deviam esquecer: Vampiros são seres diabólicos, guiados por Satanás. São filhos do mal mesmo, das trevas, do tinhoso, do coisa ruim. Só essa premissa, se fosse seguida à risca, já afastava uns 80% de púberes “suspirantes”.

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Não apenas por isso, mas por outros elementos, a saga Crepúsculo torna o vampirismo em algo falso, adolescente, infantil, fruto de uma provável literatura que interpreta erroneamente o maligno.

Um vampiro é guiado essencialmente por um desejo nunca saciado de fome, sede, sangue e luxuria! Uma família de vampiros “vegetarianos” é inconcebível. E uma “família” é mais contraditório ainda!

Mas enfim, qual a explicação para o sucesso de um filme em que atores acham que interpretar um vampiro é somente ofegar profundamente, sempre olhando de soslaio?

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Deus me perdoe, mas a única explicação dessa grande baboseira ter tamanho sucesso, só pode ser uma: A capacidade dos rapazes branquelos ou dos índios-lobos de perucas ouriçarem as …hum… meninas.

E só.

Mas esqueçam. Tenho 31 anos. Devo estar velho. Considerem a rabugice.