Amanhã, meus ouvidos serão embalados pelo novo álbum do Dj Cam. Como sempre, a saudável e tranquila mistura de hip-hop, jazz e soul com elementos eletrônicos recheia este lançamento.
Cam faz coisas interessantes desde 1994, ano em que nem se sonhava com o termo trip-hop. Mas desde aquela época, podia-se tocar sem culpa qualquer disco, que sempre seria a trilha certa para corpos se encontrarem.
Quem acompanha este blog conhece muito bem a tag que envolve este post: "Amanhã em meus headphones". É como uma promessa, como uma aposta de que tal disco ou tal banda vai deixar marcas nas histórias das pessoas.
Mas como eu ia dizendo, meu andar esquisito vai estar em compasso com a lentidão boa desse desse lançamento. Vou desejar que o mundo inteiro se mova lentamente e que todos os movimentos sejam banhados por slow motions preguiçosos.
Vou pousar minha cabeça nos vidros sujos das janelas dos ônibus e dormir com as vozes convidadas do Stateless, de Chris James e das cantoras Nicolette e InLove. É uma forma boba de se viver a realidade, como se fosse um personagem de um filme independente europeu. Uma maneira tola de se viver, eu sei.
Mas atire a primeira pedra quem não se acha o ator principal desse filme com um elenco que ultrapassa a casa dos bilhões.
A escolha entre ser o grande protagonista ou apenas um mero figurante na eterna trama da história humana é muito, mas muito individual.
Apenas relaxe e feche os olhos no momento certo.
(E pensar que esse texto era só para falar do novo som do Dj Cam. Meu Deus!)