É fácil se automotivar sob o sol, nas paisagens que fazem o coração explodir de alegria e satisfação.
Por isso que foi duro manter essa sessão nas segundas, visto que o frio parece que petrificou minhas motivações e tudo o que provoca inspirações.
Mas o que acabei esquecendo por força das atribulações da vida, é que você não pode ser o que te rodeia, mas lógico, o que sonha e anseia.
E lendo um trecho de A hora da estrela, de Clarice Lispector, a chama dessa ideia reacendeu vontades, principalmente a de estar aqui, tão cedo pela manhã, no primeiro dia da semana.
“Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite”.
E é exatamente isso que não posso esquecer jamais: serei àquilo que temo para não ser paralisado pelo temor. E fale o que quiser, mas eu também sou o escuro da noite, assim como o claro do dia que apenas começa.
Ilustração: “There´s a light that never goes out”, de Frank Chimero.
2 comentários:
estava sentindo falta dessa cafeina literária.
Agora, está de volta e sem faltas!
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