É verdade: a idade avança e em proporções iguais, aumentam também as nostalgias. Com ela, as saudades dos velhos tempos, das briguinhas de escola, das bebedeiras de rua, dos amores rápidos e dos personagens/pessoas que passaram por nossas vidas, de modo breve ou prolongado.
Em particular, lembro com carinho do velho Sonata, aparelho de tocar vinil, dos piores da época, admito, mas que quebrou galhos por tempos, fazendo a minha alegria e a de amigos que vinham ouvir música por dezenas de tardes.
Uma boa lembrança, era ouvir o projeto “Eletronic”, formada por algumas artistas de bandas inglesas, com elevada referência nos anos 80. Gente como Bernard Summer (New Order), Neil Tennant (Pet Shop Boys) e Johnny Marr (The Smiths).
Na época, um momento da história onde começam a brotar o tão famoso som de Seatle, não era de bom tom, nem tão pouco muito aconselhável ouvir uma banda tão “eletrônica”, tão cheia de misturas entre rock e dance music. Uma verdadeira heresia era, as batidas dançantes com guitarras rock and roll. Ao menos no meu meio, entre os que eu convivia...
Mas os tempos são outros. Hoje tudo é mais livre, permitido. Permitido até demais, eu diria...
O que importa, é que me resta somente a lembrança de ouvir "Gettig Away With It" no velho Sonata, rodando lentamente um vinil negro e pesado. Lento, tátil, sonoro e vivo. Como se a tarde nunca fosse terminar.
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