Ainda como feto, exigia de dentro da barriga da mãe seu direito de vir ao mundo. E sob a ordem dela, Kirikou ao mundo, vem sozinho. E é de forma ao mesmo tempo infantil, meiga e questionadora, que nasce a paixão por esse pequenino personagem, oriundo das fábulas africanas.
Conta-se que Kirikou, era um menino nascido muito miúdo e morava numa tribo africana praticamente sem homens. Tudo culpa de uma feiticeira, Karaba, que não apenas devorou como escravizou os bravos guerreiros. Restaram apenas as mulheres e um velho, que acabam sendo perseguidos pela feiticeira e seus bonecos mágicos, os fetiches.
Kirikou , apesar de muito pequeno, é esperto e muito ativo. Como um ser encantado, já nasce com a ânsia de ajudar seus entes queridos, sua família e os vizinhos de seu povoado. Fraco pelo tamanho, mas forte de ímpetos e inocência, é o único que não teme a maldade sem sentido da feiticeira Karaba, à qual o pequeno Kirikou sente a mescla de sentimentos como raiva, medo e admiração.
Sempre resolvendo os problemas de forma criativa, Kirikou é a manifestação do novo, de algo que sempre irá questionar o modus operandi do mundo e que, acima de tudo, sabe que a ignorância é a única maldição para os povos oprimidos.
Escrito e dirigido por Michel Ocelot em 1998, Kirikou et la sorcière (Kirikou e a Feiticeira), é uma magnífica animação que tomou por completo a minha simpatia, em mais uma tarde solitária de cinema em meu quarto. No ano de 2005 , houve uma segunda produção do mesmo diretor, Kirikou Et Lês Betes Sauvages, apresentando alguns fatos não mostrados no primeiro filme.
Recomendo a adultos e crianças, adentraram o universo desse personagem que infelizmente, passou de forma incógnita pelo nosso país. Talvez, assim como aconteceu comigo, você fique deslumbrado, feliz e maravilhado com esta magnífica e emocionante animação.
Kirikou et la sorcière (1998)
Kirikou Et Lês Betes Sauvages (2005)
O filme completo no youtube, em 08 partes:
http://www.youtube.com/watch?v=gxUiV9-R26k