Nesses dias de muitas chuvas, a alma flutua pelo ar frio. Voa leve, devagar, buscando aromas desconhecidos. Voa de olhos fechados, sendo guiada por ventanias bondosas, deixando seu destino ser decidido por elas, através de aparentes caminhos estranhos.
Contudo, os fluxos que a levam ao lugar correto são certos, verdadeiros. Levam minha alma docemente pelo céu cinza e amedrontador, me faz pousar no mais quente e aconchegante lugar: o teu coração.
E lá, minha alma vai ao centro do teu magnético amor, onde há uma sala perfumada por todas as mais belas rosas do mundo, colhidas pelas mãos de crianças que ainda não nasceram.
Na sala, há uma cortina de seda, rubra, que, por instinto, sei que devo abrir. Mas a cortina não leva a lugar nenhum. Só escondia um espelho enorme, onde vejo meu próprio reflexo.
Esboço um sorriso. O espelho faz o mesmo. Por instantes não entendo. Mas não demora muito para perceber... Simplesmente... Eu sou você.
Nenhum comentário:
Postar um comentário