Brandon (Michael Fassbender), é um homem bem sucedido, charmoso e reina solitário em um super apartamento no centro de Nova York. Vive normalmente sua rotina sem despertar maiores suspeitas, até que sua irmã Sissy (Carey Mulligan), vai ao seu encontro para morar temporariamente com ele. Deste ponto em diante, o filme mais lança dúvidas que respostas concretas. É carregado por completo de uma energia sexy, lenta e desoladora.
Descobrimos então um cara que apesar de atraente e solteiro, é vítima de uma compulsão desmedida por sexo, não satisfazendo-se apenas com a prática, indo fundo na pornografia e encontros furtivos nas ruas.
Logicamente, não é um filme para ser assistido com a família, já que nas primeiras cenas temos um Fassbender no auge de sua forma física, completamente nu e esbanjando “tamanho” e “documento”. É, em verdade, uma história triste, desoladora e como o personagem principal, não sabemos onde isso vai parar.
Esse ar de aflição, de ruína moral, é marcado por cenas longas, paradas, quase sonolentas, necessárias para entrarmos sensorialmente na mente de Brandon, amante incontrolável, masturbador incansável até mesmo no trabalho.
É mais uma daquelas produções que todo mundo tem receio de aceitar, por tratar de um tema ainda tabu, em que o sexo é exposto sem pudores na tela. Para o consumidor comum, é mais aceitável ver pessoas serem mutiladas em séries como Jogos Mortais do que discutir algo inerente em nosso corpo.
Somos convidados a todo instante pela mídia a contemplarmos grandes massacres, mesmo em sessões vespertinas, mas o sexo, o que realmente nos faz humanos, fica na penumbra, debaixo do tapete, nas madrugadas proibidas.
Por isso, não tema, Shame é basicamente um filme sobre uma obsessão. Até mais que isso, eu diria: é sobre um poder violento que provoca prazeres inimagináveis, mas que, infelizmente, aflige a alma daqueles que o possuem.
Informações Técnicas: http://en.wikipedia.org/wiki/Shame_(2011_film)
p.s: o filme gerou polêmica até nos cartazes. Veja abaixo os proibidos na Hungria:
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