Autoajuda de segunda: do que você é feito?

segunda-feira, janeiro 31, 2011

do que vceh feito

E quais desculpas você ainda inventa para não brilhar?

Foto: http://thestapleton.com/#footer


Nas sextas, um delírio

sexta-feira, janeiro 28, 2011

 

De lado, ponha seus cansaços, suas irritações, suas preocupações. Hoje é o dia de causar entorpecimento ou deixar-se entorpecer. Retarde-se, esqueça-se. Irrigue seu cérebro com o melhor vinho que seu dinheiro possa comprar. Ou mesmo o pior. Seja esperto, não deixe o mundo te controlar. Tome nota e guarde nos bolsos: “Todos os sonhos já são realidade”.

 

 

 

 

Ilustração: "Delicate things", de Enmi

+ http://enmi.deviantart.com/

Assista e vote em Lurdez da Luz

quinta-feira, janeiro 27, 2011

 

Lurdez da Luz e suas belas rimas cheias de referências à urbanidade, está desde o ano passando, divulgando o seu primeiro clip oficial. A música é "Andei", que faz parte do seu álbum solo. A cantora iniciou uma campanha via redes sociais para que que os fãs votem no clipe com o intuito de entrar na programação da MTV. O processo  é simples: basta entrar no http://mtv.uol.com.br/top10/vote e escrever no campo " digite o artista" o nome "Lurdez da Luz" , então aparece "Andei" e assim, vota-se.

Vamos dar essa força pra menina, ela ( e nossos ouvidos) merece!

 

Assista ao clipe:

 

Enquanto isso, na Bahia: Confraria du Balanço - Noites de verão





A  Confraria du Balanço volta das férias direto para o  Espaço Unibanco de Cinema Glauber Rocha na sua 8ª edição celebrando o verão. A Confraria du Balanço é um Coletivo de DJs (Netuno, Som do Roque e Suzi 4 Tons) e VJs (Drica Rocha) que se utiliza de uma variedade de linguagens artísticas nos seus encontros.

"Na Confraria, diferentes ritmos como funk, soul, afrobeat, cumbia, hip hop, dub são sempre regados à muita música brasileira dançante ...de todos os tempos.

Mais uma vez, a festa será num dos mais importantes espaços culturais de Salvador, o Espaço Unibanco de Cinema Glauber Rocha, que reúne no seu prédio cinema, livraria, café, e que fica  localizado num dos cartões postais da Bahia, a Praça Castro Alves.

Nesta edição, DJs e VJs confrades irão participar do balanço com todos nós em frente à "praça do Poeta" celebrando o verão. O balanço te chama ... Diga sim!
Música, imagem, letras e plástico bolha".


Serviço: 

Confraria Du Balanço
Espaço Unibanco de Cinema - Glauber Rocha - Praça Castro Alves - Salvador - Bahia
Quando: sexta, 04 de fevereiro às 23:00
R$ 10,00 (Lista amiga:  R$ 8,00 , deixando um comentário no blog )

As gatinhas de Adam Hughes

terça-feira, janeiro 25, 2011

Como pode uma  Mulher-Gato, de arrancar suspiros dos marmanjos tal qual essa...

 

 

 

...sair da mente de um gordinho-nerd como esse?

 

Ah, sorte a dele, que pode sonhar, dar vida e ainda ganhar uma grana, desenhando gracinhas de uniforme! Grande Adam Hughes, transformando heroínas velhacas em pin ups super sexys desde 1967!

 

P.S: inspirando-se na Audrey Hepburn, a coisa fica fácil!

 

http://www.justsayah.com

It´s a book!



Em algum ponto do futuro, um simples livro será uma aberração.

“PES(O)SOA DE CARNE E OSSO”*

segunda-feira, janeiro 24, 2011

"Quanto pesa a carne? E quanto pesa a pessoa a través da carne em uma sociedade que nega e anula as pessoas? Na prostituição, mulheres e homens são meros objetos de consumo. Nas empresas não há pessoas, somente Recursos Humanos. Na época colonial, os escravos eram tratados como simples mercadoria, não como pessoas".

 

"A proposta consistiu em instalar na via pública a estrutura de uma balança de 2,50 metros de altura e permanecer oito horas preso dentro de uma rede de pesca pendurado semidesnudo há um metro do solo. Como contrapeso, 80 quilos de carne e ossos pendurados em outra rede a escassos metros de mim. Esperando… simplesmente esperando ver que sucedia com as pessoas, enquanto meu corpo se ia desidratando e a carne apodrecia baixo ao sol".

 

"Escolhi como lugar para realizar a ação, em uma calçada de uma praça localizada em pleno centro econômico da cidade de Salvador de Bahia, Brasil. Um lugar caracterizado pela poluição de bancos, empresas e universidades, e circulado diariamente por um grande número de pessoas, automóveis e ônibus".

"De um lado da balança, escrito com carbono, se podia ler PES(O)SOA DE CARNE E OSSO, e do outro lado, a pregunta QUE PESA MAIS ¿A PESSOA OU A CARNE? As oito horas que ia permanecer preso dentro da rede era uma referencia as 8 horas de jornada laboral em a qual as pessoas cedem diariamente 8 horas de sua vida a um sistema (uma rede) que lhes promete ter assim dinheiro para poder disfrutar das 16h restantes de seu dia. 8 horas diárias de perder de forma consensual, a liberdade".

 

"Finalizamos a montagem da estrutura da balança as 9 da manhã e pedi aos amigos que ajudaram-me, que se retirassem o mais distante possível do lugar evitando de essa maneira ser vistos pelos transeuntes, associados a ação. Sem nada a quem perguntar, as pessoas não tinham mais opção que aproximar-se e perguntar-me a mim. 'Que é isso? É um protesto ou é arte?' 'Que quer dizer?, nos diga!” foram algumas das perguntas que se repetiram com mais frequência. E frente a cada pergunta, simplesmente me limitava a observar-lhes com olhar silencioso. Pretendia com isso que as pessoas soubessem que os escutava, que não os estava ignorando, estabelecendo assim uma comunicação".

"Mas ao mesmo tempo, ao não dar-lhes uma resposta verbal, obtinha deles muitas mais perguntas e muitas respostas. “Está pagando uma promessa”, afirmavam alguns. “Ele não pode falar” disse um homem, e outro agregou “Ele somente fala com os olhos”. Inclusive havia uma senhora que afirmou que eu pertencia a uma religião que não come bovinos e que o que estava fazendo era expor-me a essa situação para assim pagar as culpas das pessoas, motivo por qual muitos me agradeceram. E inclusive me pareceu escutar que um homem se aproximou e pediu-me que o abençoasse, por motivo de que falou em voz baixa e em português, não pude entender bem se foi assim ou não".

"Outra pessoa tomou-me de objeto para começar a evangelizar aos que estavam ali presentes, reapropriando-se da ação. Dizia, com voz forte e amplos movimentos de seus braços, que o que estava sucedendo era “a pura verdade!” Que as pessoas estavam presas no vicio da carne. Algumas outras pessoas me preguntaram se tinha sede e se queria água, ao que respondia movendo suavemente a cabeça indicando que sim. Bebi da garrafa que aproximavam aos meus lábios e inclusive alguns me refrescaram o corpo já dolorido e com calor excessivo, embaixo ao forte sol do meio dia, deixando cair a água sobre minha cabeça".

"Como as horas foram passando e a carne perdendo seus sulco, pouco a pouco minha pessoa foi pesando mais e inclinando-se a balança para meu lado. Um idoso, se aproximou e me disse em voz baixa: “Ás 10 da manha, quando passei, os ossos e a carne pesavam mais. Agora, as 2 da tarde, que volto a passar por aqui, vejo que você pesa mais. Será que finalmente a sociedade está mudando?” Muita gente me rodeava e os que tinham mais tempo ali, respondiam as perguntas que me faziam os que recém chegavam, de maneira tal que se armou um debate entre eles".

"Uma mulher que se abriu passagem entre os corpos, se aproximou-se com uma garrafa para oferecer-me água. Logo de tentar que lhe respondera o motivo da minha ação e escutar que alguém lhe dizia “Ele leva muitas horas ali sem falar com ninguém”, perguntou-me se queria que me comprasse algo para comer. Como lhe indiquei que não com um suave movimento de minha cabeça, preguntei se queria beber mais água já que podia ir comprar mais uma garrafa antes de seguir seu caminho. Concordei e ela desapareceu por entre as pessoas. Regressou durante poucos minutos, e enquanto me oferecia água, me perguntou se queria que me liberasse".

"Neguei com a cabeça, ao que ela respondeu? “Não podes seguir estando assim embaixo do sol. Pode passar mal. Vou te soltar” e começou a incitar as pessoas presentes a que me liberassem. Formou-se um debate. Alguns não estavam de acordo, diziam “Não lhe podem baixar, ele tem que pagar sua promessa”. A maior parte da população de Salvador da Bahia, com sua grande herança africana e embebida cotidianamente no culto do candomblé, o mais próximo para eles a uma performance, é o pagar uma promessa a um Orixá. É o que veem e entendem. E geralmente, se algo ou alguém rompe a cotidianidade do dia com uma ação, assumem essa situação como tal, apoiados em muitos casos, desde a palavra, a quem está executando seu pagamento".

"Mas a mulher conseguiu convencer aos presentes, e enquanto vários homens inclinavam com força a balança até meu lado (agora “nosso lado”) aproximando-me ao solo, ela começou a desatar os nós da rede. Mas como os minutos passavam e ela não conseguia liberar-me rapidamente de ali, pediu uma faca “Cadê a Faca!” gritou, e algumas pessoas foram buscar pelos postos de comida próximos. Alguém regressou com uma navalha e a mulher começou a cortar rapidamente um lado da rede, até que o o buraco foi grande suficiente. “Agora, sim quer, já pode sair”, disse. Mas ao tentar colocar-me de pé, meu corpo não respondeu. Me doíam minhas pernas e depois de cada tentativa caia novamente ao chão. Então um homem me carregou como se fosse uma criança. E eu me deixei carregar sem oferecer resistência. Queria deixar-me levar ate onde eles quisessem. Não mexia nem sequer meus braços, deixando cair-me ao lado de meu próprio torso".

"Então o homem que me carregava, tomou minhas mãos e as levou ao seu pescoço para que o abraçara, e assim, como se carregasse a uma criança dormindo, me retirou de dentro da rede enquanto os demais ainda tiravam da mesma os ossos e a carne, presentes em, na rede do outro extremo, elevavam o mais alto possível, quase como se voassem sem peso. Então o homem me levou a um banco próximo mas as pessoas começaram a gritar que não, que ali não. Que o banco em baixo do sol estava quente e que podia queimar-me. Então me levou a outro banco em baixo da sombra de algumas arvores e com suavidade me deixou ali recostado".

"Meu corpo doía muito. Dentro da rede, havia tentado perder a consciência dele, evitando assim sentir a dor. Mas agora…cada movimento era doloroso. Estive ali por mais de 10 minutos, até que Juan, meu amigo que havia estado fotografando, se aproximou correndo- Era a única pessoa da produção presente no lugar, e sendo neste momento descoberto pelas mulheres tomando fotos a uma distancia, havia optado por esconder-se evitando converter assim a ação em espetáculo. Havíamos falado já muito sobre isso e de como as vezes a câmera de fotos o vídeos presente no lugar pode ser associada a a ação modificando-a. Mas desde onde ele estava, ninguém o via, mas também ele não via nada, assim que se surpreendeu quando observou que uma das redes já estava vazia antes de que se cumprira as 8 horas pautadas e que um grupo numeroso de pessoas me rodeava no banco. Acreditando que me havia desmaiado, veio correndo com água".

"Mas sua preocupação desapareceu quando nos olhamos mutuamente e lhe indiquei com meu dedo índice que seguisse tomando fotos. Um código que por sorte ele compreendeu rapidamente. Me deixou a roupa dentro de uma sacola e voltou a desaparecer. Eu segui um tempo mais ali, tentando recuperar o movimento de meu corpo. Uma mão foi colocada em meu ombro direito. Virei minha cabeça e vi a mulher que havia iniciado o processo de liberação. Se aproximou do meu ouvido vindo por detrás e disse “Não sei qual era tua idéia, mas se teu propósito era comover as pessoas, conseguiste. A gente não pode seguir seu caminho deixando morrer a alguém baixo ao sol”.

 

"Olhamos nos olhos um do outro e lhe agradeci, esta vez com palavras. “Gracias”, lhe disse, e com um aperto de mãos antes que ela desaparecesse entre as pessoas. Um metros adiante, a balança quase não tinha espectadores. Já sem meu corpo fazendo contrapeso, os ossos e a carne ficaram pelo chão ainda presos, enquanto a rede que me tinha retido se balançava no alto, movida suavemente pelo vento. Feliz e emocionado com essa metáfora, me vesti e me afastei pouco a pouco deixando as pessoas falando entre elas. Uma imagem, pouco antes de sair da praça, me entristeceu. Um homem negro estava dormindo no chão. Sozinho. Com roupas velhas e rasgadas. Sem ninguém a sua volta. Invisível para a sociedade".

 

*Instalação Performática durante o festival MOLA (Mostra Osso LatinoAmericana de performances urbanas), 28 de Septiembre de 2010, Salvador, Bahia, Brasil. Fotos de  Juan Montelpare. Texto traduzido por Bruna P. Jung.

 

+ Facebook: http://www.facebook.com/cao.santiago

Autoajuda de segunda: Relaxando

 Relaxation_vasile boeriu                                                                                       Photo: "Relaxing", de Vasile Boeriu

 

Um "Lar" pode estar em qualquer lugar... Desde você esteja bem consigo mesmo!

O que te impede de voar?

sexta-feira, janeiro 21, 2011


Cheguem até a borda, ele disse.
Eles responderam: Temos medo.
Cheguem até a borda, ele repetiu.
Eles chegaram.
Ele os empurrou… e eles voaram
.

Hoje, mais uma sexta-feira. E dias como este, são especiais. É um convite para desfrutar de tudo o que há de melhor no pouco de nossas vidas. É um chamado para revitalizar nossas ideias e sonhos, seja tomando cervejas com os amigos, beijando quem se gosta ou simplesmente no aconchego de sua lar, apenas você e seu maravilhoso mundo secreto.

Vandalismo é Arte

quarta-feira, janeiro 19, 2011


(Texto baseado num ensaio do filósofo de Andrew Stillman e publicado na revista Adbusters, 2000.)

No silêncio de uma cidade sob Lei Marcial, a galeria pós-captalista está aberta.


Aqui as janelas quebradas de uma loja da Warner Bros, cada estilhaço desaparecido na invisibilidade. Ali, um Mc Donald’s fechado com compensados. Isolado de uma hora para outra e exposto em seu estacionamento vazio, no meio de uma rua, um carro de polícia abandonado, despojado de sua autoridade por duas palavras pichadas em spray: “NÓS VENCEMOS”. Em todos os lugares existem bandeiras decoradas com novos símbolos, pilhas de jornais transformadas em barricadas – dezenas de atos de destruição, cada um cheio de importância estética e social. Atos de arte. Atos que chamaríamos normalmente de “VANDALISMO”.



Como foi dito nos noticiários de TV, o vandalismo ditou as regras no dia 30 de novembro de 1999, quando dezenas de milhares de manifestantes fecharam a Organização Mundial de Comércio e criaram um estado de emergência na periferia de Seatle, EUA.

 Vandalismo é uma violação intencional, a desfiguração de algo considerado valioso pelos outros. Mas sabemos, também, que pode ser uma forma de expressão. Vandalismo é também jovens amantes cravando seus nomes nos troncos das árvores, um moleque deixando seu nome escrito na parede de uma um hotel quatro estrelas, anarquistas chutando as janelas da nikelândia.
 
 
O que poderia ser uma expressão mais completa do desesperado cinismo da decadência pós-moderna que essa chicotada catártica, primal? Será que alguma forma de arte de nossa era pode oferecer qualquer sombra de esperança de escape sem confrontar-se diretamente com a propriedade, o valor real ao redor do qual cada um de nós é levado a construir sua noção de ser?
 
 
Vandalismo é um tipo de parasitismo nascido na essência da civilização ocidental.em nossa cultura atual estamos triturados, manipulados pela tecnologia e por interesses comerciais. Marketeiros de plantão colocam sentido no vestir de roupas, carros, móveis, até mesmo na comida nós escolhemos nossos significados através dos produtos, simultaneamente criando e erradicando nossa noção de nós mesmos. Somos projetos comerciais. Somos hospedeiros e a cultura da comodidade é o nosso parasita. Somos objetos vandalisados-tortos, deformados, cobertos de marcas que não podemos honestamente dizer que escolhemos por vontade própria. Sugados da comunidade e humanidade, somos levados a acreditar que dependemos do nosso parasita para nossa identidade.
 
 
O que conhecemos como “VANDALISMO” é na verdade a rejeição da dependência do consumo. O vândalo mina o sentido comercial. A cultura do consumo cria um lodo sobre nós e é vulnerável em suas próprias raízes rasas. Ela teme toda reflexão. Cidadãos vivendo dentro dela estão em estado permanente de evasão pessoal, evitando a contemplação pelo medo de confrontar a realidade da completa falta de sentido em que vivemos ou, pior, a desvantagem competitiva e exclusão social.
 
 
Vandalismo é uma expressão dessa psicologia de fuga e a compreensão de que a existência se tornou uma atividade criminosa. Vandalismo é arte quando a arte não pode mais resgatar o sentido do absurdo esmagador das condições materiais atuais. Numa sociedade que valoriza o mito da total escolha, a escolha mais crucial se tornou criminosa: a habilidade de criar novos sentidos. O ponto onde o mito e a realidade se encontram é na intersecção política e arte, na ameaça do vândalo , no agitador cultural, no anarquista. E foi nessa intersecção que as barricadas se levantaram em 30 de novembro de 1999.
 

Diamantes e Winona Ryder são eternos

 

Gregos acreditavam que os diamantes eram estilhaços de estrelas que caiam do céu. Diziam eles que eram lágrimas dos deuses. E diamante tem origem na palavra grega "adamas", ou “força e eternidade do amor”.

Na foto, Winona ainda era “para sempre”. Ao menos em uma tatuagem do braço direito de Depp. Não durou.

Mas para sempre mesmo, somente os diamantes, que perdurarão sim, para a eternidade - pelo menos enquanto a Terra existir.

Black Swan: Novo filme de Daren Aronofsky

terça-feira, janeiro 18, 2011

 

Delírios: matéria prima para transformar a realidade. Combustível para acender ou dar vida aos sonhos e pensamentos mais profundos. Resgatam no fundo da inconsciência, tudo aquilo de que somos feitos, mas que escondemos sem mesmo saber o por que.

E os delírios podem ser tanto um “excesso de paixão” quanto uma alucinação vulgar, território dos loucos ou dos que usam de substancias ilícitas para expandir a mente. Explorar a química invisível do cérebro pode ser algo perigoso, pois este, é um lugar pouco conhecido, verdadeiro reino de sombras, de coisas inimagináveis, beirando o sobrenatural.

Por isso, é difícil falar de Black Swan sem deixar de relatar o enredo do filme. Mas em consideração aos poucos leitores deste blog, e ainda mais, aos poucos que confiam em minhas palavras, não irei me aprofundar. Deixo o trabalho para os sites especializados, com sinopses e fotos em exaustão.

Me centro somente na premissa de que os delírios da personagem Nina (Natalie Portman) desprendem-se da tela e vão se alojar em nossa percepção. O olho de Nina é o olho da câmera, sendo assim nosso próprio olho. Meio Confuso. Mas tudo bem. Conseguir confundir o espectador é o trabalho mais sublime que um diretor pode fazer.

Neste aspecto, Darren Aronofsky é mestre. Consegue hipnotizar sua platéia fazendo-a mergulhar na personalidade frágil e ao mesmo tempo, aterrorizante de uma bailarina em busca da perfeição. Darren foi muito feliz ao convidar Portman para o papel, ao qual pode-se usar o termo “ela encarnou-muito-bem” sem nenhum receio.

E também sem receio, exprimo: Natalie simplesmente se superou como atriz e Aronofsky como diretor. Por isso, Black Swan é digno para ser um dos melhores filmes de 2011.

“Talvez, por ventura, quem sabe”, da década?

 

Trailer oficial:

 

Pensamento rápido do dia: a música de amor mais feia do mundo

segunda-feira, janeiro 17, 2011

 Federico Erra

 

A música de amor mais feia do mundo, também é a mais linda, pois é a que mais se aproxima da vida real. Cheia de altos e baixos, distorcida. Melodicamente ruidosa. Desafinada e descompassada como os corações em conflito.

 

 

 

"Hate
Pretend that I
Adore you
Hate
What do you take me
For you
Cry-baby
Shame
You're in love
With the game
Swallow the pain
Nothing else will remain
Hate
What I will do is
Scar you
Hate
Don't say I didn't
Warn you
Cry-baby
Shame
You're in love
With the game
Riding away
And then
Care-free again"

Desmaiando em transportes públicos

 

Você só pode vê-los ao final do dia. Estão sempre sem consciência, perdidos nos seus próprios sonhos. Todos imersos em si mesmos, compartilhando em silêncio (e movimento), um único hábito: dormir em transportes públicos.

Estas pessoas, cansadas de seus fardos diários, são frutos diretos das pressões modernas, vitimadas por seus trabalhos fastidiosos. Claro que, como tudo neste mundo, eles também tem um nome. São os chamados POOPTS - Passed Out On Public Transportation - algo como “Desmaiado em Transporte Público”.

Este “movimento” se alastra cada vez mas nas grandes capitais, sendo a parte visível de um mundo que nos cansa, que nos leva a estafa, fazendo desfalecer a alguns por completo.

O caso é tão sério e corriqueiro em todo o planeta, que pessoas como o dono do Tumblr chamado de P.O.O.P.T, chegam ao extremo de “catalogar” esses momentos, em um verdadeiro estudo fotográfico do fenômeno.

São fotografias interessantes, verdadeiras. São flagrantes de momentos que levam do riso a “pena”, no sentido de compaixão. Imagens que, infelizmente, ainda perduram em meu cotidiano.

 

 

Não ria. Pode acontecer com você!

 

Acesse: http://poopt.tumblr.com/

"Somewhere", de Sofia Coppola: um bom lugar para bocejar

 

 

Para Ana Paula Sousa (Ilustrada da Folha), “Somewhere” é “de fato, irresistível”. Já Rodrigo Fonseca, de O Globo, "’Em algum lugar’ comprova a maturidade de Sofia ao evitar os clichês de filmes sobre relações entre pais e filhos”.

Meu deus, há algo errado comigo então! Não sou nenhum crítico de cinema, não consumi todas as grandes obras fílmicas do mundo. Sou apenas um espectador mediano, mas com propriedade suficiente para anunciar: a mais recente produção de Sofia Copolla é uma merda!

Ora bolas, posso dizer isso sim: uma grande pústula esse filme! E o caracterizo com toda autoridade desse modo, por ser um grande fã da cineasta, que até então me proporcionou verdadeiros “sonhos lúcidos”, com momentos inesquecíveis de leveza e sensibilidade dentro das salas escuras, sintetizando na tela, o sentimento de um mundo cada vez mais solitário e confuso.

Mas, poxa, tudo tem seu limite. E Sofia exagerou na dose: o “vácuo” que tanto gosta de retratar, toma em todo o filme, proporções grandiosas, sem sentido. Onde estão os “retratos de vazios existenciais”?

A menina Coppola mostra uma falta de novas perspectivas para um mesmo assunto, repetindo-se, criando clichês dela própria. O tal “tom melancólico e independente” aqui é sem sentido, em tomadas monótonas, cansativas, sem criatividade e o mais chato, desprovida de beleza.

O que achei mais absurdo ainda (e prova de que a crítica só fala e faz bobagens) a produção ter ganhado um Leão de Ouro no Festival de Veneza, em 2010. Mas tudo bem, eles entendem das coisas. Quem sou para meter o bedelho nesta “obra prima”?

 

Quer saber? E eu ainda te amo, Sofia. Só não perca o tino da próxima vez, por favor. E de modo piegas, te digo: ouça “as doces lágrimas dos seus fãs”. Não o ríspido bater de palmas dos seus críticos.

E para não dizerem que estou “de mau” com a filha do velho “Coppolão”, ou que deixei de admirar o trabalho dela, abaixo um comercial da Dior belamente dirigido pela moça em 2008.

 

 

High Definition: o novo inimigo da indústria pornô

domingo, janeiro 16, 2011

 

O olho eletrônico de uma câmera capta em um “close epidérmico”, detalhes dos mais sublimes aos mais grotescos, revelando no vídeo, nuances até então nunca apreciados. Este é o centro de uma nova e inesperada discussão da indústria pornô: o blue-ray e seu High Definition.

Como toda boa polêmica, opiniões nascem e se divergem. Críticos e defensores surgem. Os primeiros duvidam que níveis de detalhes exacerbados sejam desejados. Os segundos adoram a idéia de ver os “defeitos” à mostra.

Para quem nunca presenciou as cenas, celulites e estrias não é a grande preocupação. Estes aspectos, na verdade, passam até despercebidos pelos fãs. O que vem causando “susto”, são as cicatrizes, as depilações mal feitas e as marcas (de tapas ou mordidas), altamente focalizadas e expostas no universo HD.

Alguns atores estão chegando ao extremo de passar por intervenções cirúrgicas, resolvendo assim, pequenos defeitos. Outros preferem apenas não serem filmados de ângulos menos favoráveis.

Segundo Stormy Daniels, atriz, roteirista e diretora de filmes pornô (uma dos maiores especialistas do ramo), a alta definição pode ser um grande desafio para as novas produções. “Novas tecnologias nem sempre são sexys e não acredito se alguém realmente gostaria de assistir pornô em alta definição”.

Uma opinião pessoal? As imperfeições são necessárias, os macros devem reinar. O HD não espantará os afoitos consumidores do gênero, que a elevam ao patamar de “arte”. É exatamente nas pequenas imperfeições do corpo, onde se encontra o fetiche da alta definição. O velho ditado inglês resume a polêmica: o diabo está nos detalhes!