Momento Roland Barthes: A mentira da imagem.

segunda-feira, agosto 03, 2009



Ilustração típica da cultura pop japonesa, em realces ultra ambíguos que, através de uma simples maçã em corte, nos remete às colinas voluptuosas da carne. Um engôdo, uma ilusão, talvez o mesmo signo usado pela serpente no longínquo paraíso, ao qual a primeira mulher, sedenta de curiosidades e quiça desejos, deixou-se ludibriar em um encanto que, de mágico nada tinha. Tão somente era a técnica,está arte simplória usada na manipulação de palavras e imagens, em um momento único da história humana em que destinos de homens, mulheres e crianças foram traçados até chegar aos negros vestidos da morte.

Aqui, a única certeza é a imagem que tudo é, ludibriando o cérebro contaminado pelo sabor do ir e vir, pelo atrito quente das moléculas carnais e por tudo que remeta a objetos banhados em líquido denso, frutos do mais ardente amor, que só se completa nas viscosidades do prazer. Viscoso e pegajoso como o início da concepção de qualquer ser que um dia venha à andar sobre a Terra.

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