O silêncio é algo inerente aos objetos. Claro, sem vida não há movimento. E sem movimento não há atrito. E sem atrito não há som. E nem ao menos como o vento, os objetos são. Uma solidão permanente e calada.
O livro, em específico, é o charme da solidão. Junto à esse isolamento tão sexy, há o silêncio necessário das letras impressas. A relação quase “simbiótica” entre humano e livro, que só é completa quando há o silêncio. A leitura é como se fosse um micro orgasmo da relação entre mente, livro e o silêncio.
Alguém, em algum lugar do mundo, percebeu que a solidão é necessária. Essa pessoa é Hugo Miguel Costa, um livreiro português, de Portimão (que também mantém o Café dos Loucos). O patrício descobriu que, ao menos na companhia culta e prazerosa da multidão ‘orgiástica’ de uma boa biblioteca, o silêncio dos livros é algo à ser contemplado!