Miguel Leon fuma calmamente seu velho charuto, enquanto prepara um galo para competir em uma briga de galos em Havana, Cuba. Lá, a prática é legal só quando organizado pela estatal de fazendas. Apostas não são permitidas. (Mas apostar a dor e a vida de criaturas inocentes, permite-se)
Photograph:Muhammed Muheisen/AP
Ramallah, Cisjordânia: Menino palestino vestindo um uniforme militar e segurando uma arma de brinquedo, em Al-Amari, um campo de refugiados. (Porque assim como o boato, toda brincadeira tem seu fundo de verdade)
Não quero dar resumos, nem tão pouco resenhas. Afinal, não é meu objetivo relatar sobre nada. Quando comento filmes, nunca é a mera descrição do enredo, limitando-me a dizer se é bom ou ruim. Afinal, quando um amigo nos diz se um determinado produto é de boa qualidade, confiamos.
Poderia então, apenas resumir: é bom. Mas talvez eu não seja seu amigo o suficiente para que confie nas minhas palavras. Talvez, se eu te disser sobre os sentimentos que o filme provoca, aí sim você pode até pensar em querer assisti-lo. Enfim, quero dizer apenas que acabo de assistir “Up – Altas Aventuras”, assegurado-lhe que o filme em questão é muito mais que uma produção engraçada e cheia de aventuras, da produtora Pixar.
Afirmo com toda a certeza do mundo (levando em conta que sua índole é comum e que acredita nas coisas belas da vida como amor, amizade e simplicidade), que nos dez primeiros minutos da animação, seu coração vai explodir e seus olhos vão se encharcar de tanta beleza. E do alto dos meus 31 anos, te garanto que expor-se ao feitiço de algo tão infantil vai te fazer muito bem.
É um daqueles filmes que usam a fantasia para ensinar a nos apegarmos às coisas mais simplórias da vida, o que conseqüentemente, aprendemos com o tempo que são estas, as mais fascinantes. Se há uma moral aqui, está é a capacidade consciente dos tesouros que nos rodeiam e que erroneamente tachamos como algo sem valor, sem grande significado em nossa história de vida. A correria dos tempos que passa, as pressões diárias, a massa midiática impondo qual o padrão de beleza, de riqueza e, o pior: de felicidade.
O medo de sermos medíocres, de não ter o mesmo carrão do nosso vizinho, de não possuir as ultimas novidades da tecnologia ou da moda, de não estarmos antenados às novas tendências criadas por uma industria faminta por dinheiro, que inventa todos os dias sempre uma nova necessidade para fazer parte o nosso dia-a-dia cada vez mais desumano. Coisas e coisas e coisas que nos apegamos. Objetos mais significativos do que sentimentos. Mais valiosos do que sentir tudo ao redor.
Claro que nem todos os objetos são apenas objetos. Existem aquelas coisas sem vida que carregam consigo um momento eternizado. Uma foto de um alguém querido na carteira, um ingresso de um cinema, uma pétala recebida com amor, a embalagem da bala de hortelã que deu o gosto único do primeiro beijo naquela pessoa dos seus sonhos. Pequeníssimas, minúsculas, irrelevantes, quase invisíveis coisinhas que agregamos a mais pura e completa vida.
A maravilha de nossa era tecnológica atual é a possibilidade de nos conceder a conveniência dessa verdadeira elevação do espírito, que é entender que a grande aventura do viver está nas coisas ínfimas da vida. Isso nos poupa o trabalho de não deixar que os anos passem rápidos e que, só lá no final, quase no ultimo capitulo de nossa existência, possamos perceber o tempo desperdiçado em desejos inventados por outros.
Hoje está quase impossível escolher a imagem do dia. Foram momentos incríveis suspendidos na vastidão da eternidade, entre milissegundos de ações desenfreadas que estão dentro da bolha do viver. E apenas um click conseguiu traduzir o dia em beleza, revolta e tragédia. Vamos a elas:
Photograph: Albeiro Lopera/Reuters Medellin, Colômbia: um médico legista examina um homem cravado de balas.
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Photograph: Sergei Grits/AP
Minsk, Belarus: Um esquilo, um amendoim e uma mão feminina caridosa.
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Photograph: Fernando Vergara/AP
Bogota, Colombia:Aos pés da polícia durante um protesto, um aluno exige aumento dos orçamentos universitários.
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Photograph: Ricardo Moraes/Reuters
Rio de Janeiro, Brasil: No Morro dos Macacos, um corpo cravado de balas é encontrado dentro de um carrinho de supermercado. A foto, poderosa em signo que é, correu o mundo e foi a dúvida em forma de imagem sobre a segurança do Rio de Janeiro e os Jogos Olímpicos de 2016.
Por falar em trilhas sonoras, tivemos hoje uma grande perda no meio das composições para a tv e o cinema: Vic Mizzy, autor do eterno e contagiante tema da Familia Addams. A cultura pop está de luto!
Circulou hoje pela web a informação que já saiu a trilha de Bastardos Inglórios, de Quentin Tarantino. Mas em nenhuma das noticias, foi mostrado a capa do álbum, se já está nas lojas ou mesmo se vai ser vendido. O fato é que o que tocou no filme já rolava por aí já faz um tempo e já não era segredo para ninguém. Enfim, eis as canções:
The Green Leaves of Summer (d’après le film ALAMO) De Dimitri Tiomkin, Paul Francis Webster
The Verdict (Dopo la condanna) D’Ennio Morricone
L’incontro con la figlia D’Ennio Morricone
White Lightning (Chanson principale du film LES BOOTLEGGERS) De Charles Bernstein
Il mercenario (ripresa) D’Ennio Morricone
Slaughter De Billy Preston
Algeri: 1 novembre 1954 (LA BATAILLE D’ALGER) D’Ennio Morricone, Gillo Pontecorvo
The Surrender ( La resa ) D’Ennio Morricone
One Silver Dollar (Un Dollaro Bucato) De Gianni Ferrio
Ich Wollt Ich Waer Ein Huhn De Hans-Fritz Beckmann, Peter Kreuder
Cat People (Putting Out The Fire) De David Bowie, Giorgio Moroder
Mystic and Severe D’Ennio Morricone
The Devil’s Rumble (d’après le film DEVIL’S ANGELS) De Mike Curb
What I’d Say Zulus D’Elmer Bernstein
Un Amico D’Ennio Morricone
Tiger Tank De Lalo Schifrin Eastern Condors Rabbia e Tarantella D’Ennio Morricone
Não posso deixar de me maravilhar com a grandiosidade do mundo. Não me cansa ver o que não foi notícia pelo planeta. Pensar que, enquanto eu acordava e ia ao trabalho tranquilamente, crianças em Taytay nas Filipinas, driblavam os estragos de uma enchente, improvisavando uma ponte de cadeiras, para conseguir entrar em suas salas de aula.
Pequenas tragedias do cotidiano, que se tornam encantadoras quando há alguém com um camera na mão e um olhar certeiro na cabeça.
Uma imagem como uma sinfonia angelical ruidosa. Uma imagem como um grito mudo de protesto.
Na correria do dia a dia, todos misturam-se a todos. Uma confusão de vidas como fluxos de água vindas de todas as partes. No meio do turbilhão, um mendigo é o alvo de um momento único, que somente o olho perspicaz poderia eternizar.
A pergunta é: o que esse homem fez para estar na condição de pedinte? Ou seria melhor, o que ele não fez em sua vida? Acredito que o melhor a fazer é não julgar. Ou se quiser, tentar ajudar. Ou apenas observar a pintura trágica do cotidiano.
Em algum bairro populoso de Hong Kong, na não menos populosa China.
Sempre pretendemos ser algo que não podemos ser. Nunca satisfeitos com aquilo que somos, nos deslumbramos com vivências extraordinárias, que extrapolam a forma usual de estar na vida. Talvez por isso, encarnamos mentalmente nossos heróis preferidos nos filmes, na literatura, nos quadrinhos, etc. Eles são tudo o que nós queríamos, mas nunca tivemos coragem. Ou oportunidade, quem sabe.
Este é um documentário sobre uma figura polêmica do jornalismo americano. Hunter Stockton Thompson (1937-2005), ficou famoso pelo seu romance "Fear and Loathing in Las Vegas", transformado no filme "Medo e Delírio", que teve a figura de Johnny Depp como seu fiel representante.
A Hunter é creditado a criação do termo "Gonzo Journalism" – o que alguns definem como jornalismo bizarro, ou ainda subjetivo e fictício. No fundo, trata-se de uma ramificação do “New Journalism”, um estilo no qual o repórter envolve-se de tal maneira na reportagem que ele acaba se tornando a figura central da história.
Sempre como "free lance", cursou sua carreira regada a todo tipo de droga, na qual atacou de maneira irônica, tudo e todos. Podemos ver um Hunter em seu auge profissional, entre os anos de 1965 a 1975, com imagens nunca vistas antes.
Hunter S. Thompson é, em minha vida, um grande herói. Impossível de segui-lo, impossível de ser tão genialmente avesso às regras como ele foi e principalmente, impossível de consumir tão visceralmente a quantidade de álcool e drogas que consumia em favor da sua obra escrita.
Fez dessa loucura criativa e imoral, a força motora para ser a tampa de refrigerante que arranha a pintura aparentemente perfeita do carro do hipócrita sonho americano, revelando por baixo da tinta, a lataria enferrujada de um sistema corroído por guerras, corrupção e poder a qualquer custo. Um herói que tinha dentro de si seu pior inimigo. O único homem que poderia dar cabo de sua vida. A única mão capaz de matar tudo aquilo que construiu.
É difícil ser como ele. É preciso um desapego e uma vontade de morte sem precedentes. Sim, vontade de morte. Quando não se teme a morte, tudo é possível. Durante todo o documentário, mostra-se que Hunter sempre teve apego ao suicídio. Era algo certo em sua vida. Era só uma questão de tempo. Ele queria perpetuar-se. Queria falar da morte da forma como sempre falou em seus artigos: vivendo-os. E com a morte não seria diferente. Necessitava encontra-la no momento perfeito, exatamente quando tudo estava calmo em sua vida.
Comparo-o a um samurai.
Na filosofia do Bushido, o código de honra Samurai, a morte era um meio de perpetuar a existência. A vontade de morte era justamente o que aumentava a eficiência e a não-hesitação em campos de batalha, o que veio a tornar a figura do samurai algo como o mais letal de todos os guerreiros da antiguidade.
No clássico livro samurai “Hagakure”, Yamamoto Tsunetomo fala sobre um termo peculiar, o ‘Shinigurai”. É uma expressão japonesa que significa “estar louco para morrer”, no sentido de saltar nas garras da morte sem hesitação. E exatamente isso que Hunter foi: Um homem sem hesitações. Sem medo de escrever o que queria, sem deixar de criticar o que odiava, não deixando passar por essa vida medíocre sem fazer um barulho dos infernos necessário.
Em meio a um mundo de rebeldias de playground, em que jovens se alienam em músicas insípidas e sem vigor, consumindo tecnologia de ponta e sendo parte de uma grande aldeia global tecnologicamente conectada e que não serve para absolutamente nada, para quê viver? Para quem gritar? Quem gostaria de acordar desse sonho agradável e confortável com recursos touchscreen?
Cansado disso tudo, Hunter S. Thompson pediu para parar o mundo, pois queria apenas descer.
Apesar das muitas notícias e tragédias importantes deste domingo de céu límpido que acaba de morrer, acredito que a poesia da imagem está nessa peculiaridade quase despercebida do cotidiano.
Uma galinha que espreita entre as grades de forma interrogativa, como se tentasse compreender o que lhe estava acontecendo. Com certeza, um de seus últimos pensamentos confusos e rápidos antes de ser abatida, era o desejo gigantesco de estar ciscando tranquilamente, por horas a fio, em um quintal.
Muito
além da realidade rígida, há um maleável mundo de doçuras sem sentido, girando
em camadas desconexas, misturando-se ao caos necessário. O exato ponto de
mergulho para o infinito de espelhos expostos a si mesmo.
O italianoAngelo Rindone, é o
artista que se inspirou nos clássicos da arte sacra para produzir estas versões
anti-capitalistas. Ele e outros artistas, fazem parte doColetivo
A/I, que desde Março de 2001, usam a tecnologia para criar discussões sobre
privacidade, direitos digitais e ativismo político.
A idéia básica é prover instrumentos de
comunicação livres e gratuitos em larga escala, sem intermédio dos meios
comerciais. São empenhados na luta pela privacidade, especialmente contra os
governos e as grandes corporações, que se utilizam de forma indiscriminada dosnossos dados, catalogando assim, os
hábitos de vida das pessoas para fins de controle.
Um grande exemplo da utilização da cultura
Hacker a serviço da arte!
Total Recall (O vingador do futuro) é um filme de ficção científica, dirigido por Paul Verhoeven. com roteiro baseado na história We Can Remember It for You Wholesale, de Philip K. Dick. No ano de 2084, o operário Douglas Quaid, sem dinheiro para viajar, faz um implante de memória. Compra lembranças de um lugar que nunca foi. Passa a ser perseguido por visões de Marte, resolvendo ir até lá para conseguir respostas. Ao chegar no mundo vermelho, une-se a um grupo de rebeldes que lutam contra uma corporação que quer dominar o planeta.
Muito bem, não é lá um bom filme que mereça indicações de cult. Particularmente, eu gosto, apesar de ser uma tosqueira trash-cientifica, mas que na época de lançamento, brilhou com seus efeitos sofisticados.Mas enfim, o filme nada tem relacionado com o que pretendo com esse post. Na verdade, seus olhos estão prestes a ler uma pequena análise sobre vocação e satisfação. Essa parte ai de cima só serve para ambientar.
Primeiramente, efemeridade: O crescimento vertiginoso de meu estômago, que perturba a mente, que alimentam minhas reflexões e que me dá as boas vindas ao mundo da “balzaquianidade” sem volta. Em outras palavras: O tempo está ‘abaulando’ meu estômago.
O tempo ou a soma de trabalho sentado + as horas de ociosidade. A fome, filha minha que se desenvolve tão rápida e invisível dentro do ventre, toma formas estúpidas. E de repente, voa em meus pensamentos, preocupações nunca antes tidas: regime, balança, falta de fôlego.
Certo, e o Vingador do Futuro?
Bem, antes deixa eu só te falar mais uma coisa: Nas ruas, pessoas nunca mais vistas me encontram e dizem: “Oi”, “Olá”. Depois complementam com o já previsível “Mas que baita pança, hein?”. Suas línguas bífidas me fazem refletir: Só mesmo os reencontros para acentuar olhares assustados. Os reencontros, as pessoas e seus dedos em riste apontando meu pequeno monstro.
E é desse meu “monstro pessoal” que tento construir um paralelo muito do capenga com o filme em questão.
Arnold Schwarzenegger é Douglas Quaid. Ou é Hauser? Acho que é os dois, pois tem a memória substituída por outra ou coisa que o valha. É uma parada que com certeza brotou dos sonhos químicos do K.Dick. Enfim, eu ia dizendo que Arnold Schwarzenegger é Douglas Quaid e procura o líder dos rebeldes. Um tal Kuato, que nunca aparece e que até mesmo sua existência duvidosa, é considerada quase que uma lenda. Só que o velho Schwarza consegue encontrar no planeta Marte o líder rebelde, o tal Kuato. Mas o líder não era um homem, mas sim um estranho ser, que vivia dentro de outro homem, o qual usava seu corpo como hospede.
Então, acho que tenho um Kuato por trás do umbigo!
Acho que minha barriga vive de forma independente. Tem uma rotina própria. Está em atividade enquanto durmo. Tem sua própria opinião formada sobre tudo. Acho que há um sono sobrenatural que pesa nas pálpebras. Acho que respiro pouco. O efeito Peter Pan se desfaz. Tudo culpa desse meu Kuato pessoal.
Pode ser uma preocupação boba. Se comparado a outras pessoas, ainda continuo magro ou no mínimo, esbelto. Mas o problema é que nunca fui gordo. Para ser preciso, foram 29 anos sem nunca ultrapassar os 56/57kg. Nesse momento, 71kg estão sobre essa cadeira de plástico. Um polichinelo de 05 minutos me faz quase desmaiar. Flexões me dão vontade de morte. Corridas me fazem ver estrelas. O ar falta-me sempre.
O que há de errado com meu coração? Uma crônica e inenarrável hipocondria de velhice? “Rabugências” da idade? Reclamações do que?
No meu quarto, um pôster moldurado do Homem-Aranha, comprado no cinema, como parte de um combo promocional gigantesco de pipoca. E é ali que está a resposta:
O Peter Parker descobriu: “Grandes poderes, grandes responsabilidades”. Acrescentaria: “Grandes poderes, grandes responsabilidades... Grandes conseqüências”. Depois de mais de 12 anos de trabalhos enfadonhos e ‘fordescos’ em que nunca, mas nunca me senti feliz, estou livre, finalmente, para as letras.
O primeiro salário que nasceu não do meu suor, mas de meus dedos, das minhas próprias palavras. O caminho aberto para a escrita. Conseqüências: Fim do bom físico. Portões do fôlego travados. Prisões para a boa saúde em inauguração. Grávido de comida. Grávido de uma rotina sem exercícios. Grávido por passar horas sentado, alternando entre o escrever e o comer.
Mas quer saber? Mediocremente feliz. Estou grávido simplesmente daquilo que eu sempre quis fazer.
Não foi Aristóteles que dizia que um dos maiores desastres humanos é trair o próprio dom? Bom, mesmo que não tenha sido ele, é uma verdade do caralho!
Príncipe
Adam, Mentor, Teela, Esqueleto, Mandíbula, Homem-Fera, Maligna. A série de
animação He-Man and the Masters of the Universe (He-Man e os Mestres do
Universo, no Brasil), fez a cabeça de muitos trintões da atualidade.
Atualmente, a série ressurgiu na mente doentia do design alemãoAdrian Riemann, transformando a
distante e oitentista Etheria em um mundo estilososamente
hipster/newrave/fashion/indie .
Riemann se considera um “fashion-nerd”, sendo
esse o motivo de transformar um desenho cult dos anos 80 em algo “moderno”. O
artista fez o trabalho à mão, em folhas de papel A3 e pretende imprimi-los
fluorescentes, brilhando assim, no escuro.
O grande mal das tecnologias deáudioe vídeo digital, é que momentos únicos de nossas
vidas serão eternizados emhigh-definition. E quanto maior for o número depixels, maior será a fidelidade com o real. E quanto
maior for a fidelidade, maior será a dor da lembrança.
Belo, simples, preciso,
divertido, gracioso, fantástico, inteligente, apaixonante, estiloso, colorido,
moderno, clássico. Palavras não servem para os filmes deJacques
Tati. É simplesmente parar e ver o sonho passar de forma
descontraída.