Dennis Hopper em seu (único?) personagem “Loser”, Frankie, tem 45 anos e há vinte trabalha para o sanguinário Sal (Michael Madsen), um psicótico que gosta de recolher os testículos de seus inimigos. Sal é dono de um império de filmes pornôs, que humilha Frankie, chamando-o de “Mosca” (Fly).
Mas nem tudo está perdido na vida de Frankie. Ele conhece a atriz pornô Margaret (Daryl Hannah), única pessoa que o trata com respeito e carinho, encantando-se de imediato pela moça. Movido por uma paixão quase adolescente, bate de frente com o truculento Sal para tentar mudar sua própria vida e de sua paixão.
Um drama policial dirigido por Peter Markle (o mesmo de séries de TV como "Arquivo X", "Plantão Médico", "C.S.I." e "The District"), com cenas e diálogos extraordinários. Como por exemplo, logo após Frank conhecer Margaret num set de filmagem.
Os dois decidem dar uma volta pelas ruas na madrugada fria. Com suas longas pernas de fora e vestida de dominatrix, ela quer sentar-se em um banco de praça para descansar e conversar melhor. Frank, educadamente, retira seu blazer e o coloca sobre o banco, para que ela fique mais confortável. Impressionada com o cavalherismo do homem, Margaret lhe diz:
- É um bom palitó, não posso sentar aí!
Frank ri graciosamente e lhe diz ainda de forma mais educada:
- Um bom bumbum, merece um bom palitó!
Margaret ri alto e retruca:
- Ok. Espero não melar ele de esperma!
É nesse clima que "The Last Days of Frankie The Fly" se desenrola e encanta. Para deixar a coisa ainda mais bacana, o filme é devidamente embalado pela sonoridade jazzy 60's de George S, Clinton, cheias de seus trompetes charmosos, bongos vibrantes e clarinetes soturnos.
Um filme simples, levemente triste e bonito de se ver e ouvir.
2 comentários:
Daryl Hannah! Se eu te falar que também esta escrevendo algo relacionado a ela você acredita?
Putz! "Pensamento de transmissão", cara!
Postar um comentário