Ilustração típica da cultura pop japonesa, em realces ultra ambíguos que, através de uma simples maçã em corte, nos remete às colinas voluptuosas da carne. Um engôdo, uma ilusão, talvez o mesmo signo usado pela serpente no longínquo paraíso, ao qual a primeira mulher, sedenta de curiosidades e quiça desejos, deixou-se ludibriar em um encanto que, de mágico nada tinha. Tão somente era a técnica,está arte simplória usada na manipulação de palavras e imagens, em um momento único da história humana em que destinos de homens, mulheres e crianças foram traçados até chegar aos negros vestidos da morte.
Aqui, a única certeza é a imagem que tudo é, ludibriando o cérebro contaminado pelo sabor do ir e vir, pelo atrito quente das moléculas carnais e por tudo que remeta a objetos banhados em líquido denso, frutos do mais ardente amor, que só se completa nas viscosidades do prazer. Viscoso e pegajoso como o início da concepção de qualquer ser que um dia venha à andar sobre a Terra.
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