Dos inúmeros personagens do livro "O Guia do Mochileiro das Galáxias" há um em especial que tem o peculiar nome de "O Pensador Profundo". Ele nada mais é que um megacolossal computador projetado por seres hiperintelingentes (no caso, ratos) para resolver a "Questão fundamental da vida, o Universo e tudo o mais". Após 15 milhões de anos, a resposta é dada.
E essa é um simplório "42". Fulos da vida, os seres hiperinteligentes dizem que essa não era a resposta da pergunta. O computador retruca que o que eles não sabem é a própria pergunta. Ele afirma que a resposta (42) só poderá ser entendida quando eles souberem a pergunta.
E é por saber a pergunta correta que o artigo de Ronaldo Lemos intitulado "Jornalismo em um mundo em transição", publicado na Folha de São Paulo do dia 28 de Junho de 2009, merece a marca do "relevante'. Nele, o fundador do Overmundo destilou uma perspicaz visão dos rumos que o jornalismo está tomando devido as interferências de descentralização da noticia que redes sociais como Twitter, Facebook, YouTube, blogs e celulares estão proporcionando. Cita o blog/tablóide TMZ na cobertura da morte de Michael Jackson e de como ele se valeu dessas novas mídias para chegar primeiro na conclusão da morte do cantor e lançar a noticia nos quatro cantos do mundo. O TMZ passou assim, a ser sinônimo da "morte de Michael" e este talvez seja um eterno troféu do tablóide.
Ao meu ver, o artigo tem fundamental importância não por dar respostas de um possível futuro do jornalismo, mas sim por fazer a pergunta mais correta: "Como reinventar não só as formas de participação, mas também uma ética nova para a rede, uma ética que não seja nem ingênua nem obsoleta? E que não seja imposta, mas sim construída?"
Se tivéssemos "O Pensador Profundo" ao nosso dispor, certamente ele nos daria a resposta correta e não apenas um confuso "42"!
Quer ler o artigo? Bem aqui
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